JUDY GARLAND
Nascida Frances Ethel Gumm, em Grand Rapids, Minnesota, em 10 de
junho de 1922, Judy Garland era a filha mais nova de Francis Avent
"Frank" Gumm (20 de março de 1886 - 17 de novembro de 1935) e Ethel
Marion Milne (17 de novembro de 1893 - 5 de janeiro de 1953). Seus pais se
estabeleceram em Grand Rapids para atuar no teatro.
A ascendência de Judy em ambos os lados
de sua família pode ser rastreada até o Colonial Day dos Estados Unidos. Seu
pai era descendente da família Marable da Virgínia e sua mãe de Patrick Fitzpatrick, que emigrou
para os Estados Unidos na década de 1770, em Brooklyn, condado de Meath, Irlanda.
Batizada, em uma igreja local episcopal, "Baby" (como Frances foi chamada por seus
pais e irmãs) compartilhava o dom de sua família para a música e dança. Baby fez sua primeira aparição com a idade de dois anos
e meio, quando se juntou a suas duas irmãs mais velhas, Mary Jane
"Suzy" Gumm (1915-64) e Dorothy Virgínia "Jimmie" Gumm
(1917-77), sobre a palco do teatro do pai durante um show de Natal, e cantou um
coro de Jingle Bells. Acompanhada por sua mãe ao piano, o show The Sisters Gumm foi realizado no teatro
de seu pai durante os próximos anos.
Na sequência de rumores de que Frank Gumm
tinha feito contínuos "avanços sexuais masculinos" em seu teatro, a
família mudou-se para Lancaster, Califórnia, em junho de 1926. Frank tinha comprado outro
teatro em Lancaster e Ethel, atuando como sua gerente, começou a trabalhar para
colocar suas filhas em imagens em movimento.
The Sisters Gumm
Em 1928, as The Sisters Gumm matricularam-se em uma
escola de dança dirigida por Ethel Meglin, proprietária do grupo de dança Meglin Kiddies. As irmãs apareceram
com a trupe de seu show anual de Natal. Foi
através do Meglin Kiddies que Judy e suas irmãs
fizeram sua estreia no cinema, em 1929, em Revue Big. Isso foi seguido por
apresentações em dois curtos vitaphones (processo de gravação da
banda sonora num disco que posteriormente era sincronizado quando da exibição
do filme) no ano seguinte, Holiday in Storyland e The Wedding of Jack and
Jill.
Elas, a seguir, apareceram juntas em Bubbles. A última aparição na
tela do The Sisters Gumm veio em 1935, em outro
curta intitulado La Fiesta de Santa Barbara.
Em 1934, as irmãs, que até então tinham
viajado pelo circuito de vaudeville como The Sisters Gumm por muitos anos,
apresentaram-se em Chicago, no Teatro Oriental, com George
Jessel. Ele incentivou o grupo a escolher um nome mais atraente depois que o
nome "Gumm" foi recebido com risos da plateia. The Garland Sisters foi escolhido e Frances
mudou seu nome para "Judy" logo depois, inspirada por uma canção
popular de Hoagy Carmichael.
Várias histórias persistem em relação à
origem do nome "Garland". Uma é que foi criada por Jessel após ver a
personagem Carole Lombard, de Lily Garland, no filme Twentieth Century, que passou no
Oriental; outra é que o trio escolheu o sobrenome por causa do crítico Robert
Garland. A filha de Judy, Lorna Luft, declarou que a mãe escolheu o nome quando
Jessel anunciou que o trio de cantores "parecia mais bonito do que uma
grinalda de flores". Outra variação surgiu quando Jessel foi convidado do
programa de televisão de Judy em 1963. Ele alegou que a atriz Judith Anderson
enviou um telegrama contendo a palavra "Garland" (grinalda) e ela
ficou na sua mente.
De qualquer forma, no final de 1934, o Gumm Sisters havia mudado seu nome
para Garland Sisters. O trio foi quebrado em agosto de 1935, no
entanto, quando Suzanne Garland voou para Reno, Nevada,
e casou com o músico Lee Kahn, um membro da orquestra de Jimmy Davis, que se
apresentava em Cal-Neva Lodge, Lake Tahoe.
Em 16 de novembro de 1935, em meio à
preparação para uma apresentação de rádio no Chateau Shell Hour, Judy soube que seu
pai, que tinha sido hospitalizado com meningite, havia piorado. Frank Gumm morreu na manhã seguinte,
em 17 de novembro. A canção de Judy para o Chateau Shell Hourfoi sua primeira
apresentação profissional com Zing! Went the Strings of My Heart, uma canção que se
tornaria um padrão em muitos de seus concertos.
Em 1935, Judy assinou um contrato com a
MGM (atualmente parceira da Sony Pictures Entertainment), supostamente sem um
teste de tela, mas ela realmente tinha feito um teste para o estúdio há vários
meses. "O pai de morrera quando tinha 13 anos, a mãe foi-lhe de pouca
valia, e ela logo se tornou uma "filha da MGM", o estúdio de
Hollywood, onde trabalhava" ("Tudo Sobre Drogas: Famosos e
Drogados" pág. 79, Marc Kusinitz, Ed. Nova Cultural, São Paulo, 1988)
O estúdio não sabia o que fazer com Judy,
pois aos 15 anos ela era mais velha do que a estrela infantil tradicional, mas
muito jovem para papéis adultos. A aparência física dela criou um dilema para a
MGM. Com apenas 1,64m, Judy não exemplificava o tipo mais glamouroso exigido
das protagonistas da época. Ela era autoconsciente e preocupada com sua
aparência. "Judy foi para a escola no MGM, com Ava Gardner, Lana
Turner, Elizabeth Taylor, belezas reais", disse Charles Walters, que
dirigiu Garland em uma série de filmes. "Judy era o grande fazedor de
dinheiro na época, um grande sucesso, mas era o patinho feio ... acho que isso
teve um efeito muito prejudicial no seu emocional por um longo tempo. Acho que
durou para sempre, realmente. "
Sua situação difícil foi agravada pelo
chefe de estúdio Louis B. Mayer, que se referiu a ela como sua "pequena
corcunda" a fim de depreciá-la. Há rumores de que Louis Mayer investiu
diversas vezes sexualmente contra a atriz que não quis ter um caso com ele,
pois ela era apaixonada e fiel a seu atual marido Mickey Deans. O dono do
estúdio praticou assédio sexual e moral contra a atriz, abusando de sua posição
na empresa e autoridade hierárquica, pois acreditava que todas as atrizes do
estúdio deveriam fazer qualquer coisa que ele quisesse, por ele ser rico e
poderoso. Dizem que ele chegou a financiar a desgraça da atriz, pagando
médicos, paparazzis e todos ao redor da atriz para levá-la cada vez mais ao
fundo do poço. A condição para que ela se libertasse disso e passasse a ter
privilégios na MGM, era que ela fornecesse sexo a la carte a Louis Mayer,
mantendo sigilo dessa situação deprimente, e sob ameaça de morte caso essa
proposta caísse nos ouvidos da imprensa internacional.
Há evidências de que Louis estava viciado
em drogas e jogo ilegal, e por dever dinheiro para a máfia e o narcotráfico
"apostou" a atriz em um jogo de Poker como vingança, e a perdeu na
partida, o que levou os bandidos a irem atrás de Judy e a pressionassem a
entrar de maneira forçada na prostituição, já que uma atriz de Hollywood seria
uma atração muito rentável para os cassinos e prostíbulos da máfia. Os mafiosos
e narcotraficantes então, se infiltraram no estúdio para interferir nos
trabalhos da atriz e manipulá-la financeiramente para atrai-la e depois
aliciá-la para seus interesses pérfidos. E tudo isso com a colaboração do dono
do estúdio Louis Mayer da MGM, que estava sabendo de tudo isso.
Porém, com medo de um escândalo e ter sua
reputação destruída, Louis Mayer usou seus contatos com o Departamento Jurídico
da Califórnia para impor uma censura velada a jornalistas que estavam proibidos
de noticiar qualquer coisa que "ferisse a imagem de uma personalidade
pública e respeitável, e uma das mais influentes de Hollywood". O que
acabou servindo de combustível para que a equipe do 60 minutes, da BBC e outros
passassem a investigar ainda mais a fundo essa situação, contribuindo com as
investigações do FBI e da Interpol, além de conseguirem furar o bloqueio
judicial através das mais diversas estratégias literárias.
As autoridades da California ficaram de
olho na situação da atriz, pois isso estava interferindo na economia do Estado
e estava acontecendo as vistas do público internacional, já que os paparazzis
pagos tanto por Louis quanto pela máfia e o narco-tráfico estavam passando dos
limites, e usando essa visibilidade para viciar a população em drogas e
aumentar seus territorios tomando negócios de outras máfias.
Além disso, havia pelo menos mais 100
artistas vivendo a mesma situação de Judy, e pelo menos 3 deles morreram de
overdose de barbitúricos com receita azul. Isso não agradava em nada ao
Departamento de Saúde da cidade, que estava enfrentando crises devido aos fãs
de tais artistas que estavam indo atrás de barbituricos e imitando o
comportamento supostamente espontâneo dos artistas. A Interpol e o FBI
suspeitavam que a indústria farmacêutica também estava financiando essa
situação por querer ampliar seus mercados consumidores, o que gerou uma crise
no Departamento Comercial.
Durante seus primeiros anos no estúdio,
Judy foi fotografada e vestida com roupas simples ou babados juvenis e trajes
para "coincidir" com a "garota da porta do lado", imagem
que foi atribuída para ela devido a seus modos na vida particular fora dos
estúdios. Ela acabou por ser escalada como antagonista de Deanna Durbin, no curto musical Every Sunday. O filme serviu como um
teste de tela estendida para a dupla, pois os executivos do estúdio estavam
questionando se valeria a pena ter 2 cantoras meninas do mesmo estilo no seu
casting. Mayer finalmente decidiu manter as 2 meninas, devido ao apelo dos fãs
de Judy já que Deanna dormia com Louis nos bastidores, mas por essa altura a
opção de Durbin havia caído (Louis passou a preferir dormir com outra atriz) e
ela firmou contrato com a Universal Studios por não querer mais se
submeter a tal situação vergonhosa.
Judy, logo a seguir, acabou despertando a
atenção dos executivos de diversos outros estúdios cantando um arranjo especial
de You Made Me Love You, para Clark Gable, em uma festa de aniversário realizada pelo
estúdio para o ator, que acabou sendo um sucesso de público. Sua interpretação
foi tão bem vista pela indústria do entretenimento em geral, que Judy teve que
repetir a dose no All-Star Extravaganza Broadway Melody de 1938, em que cantou a
canção para uma foto de Gable. A MGM foi obrigada a ceder às pressões da
concorrência, que oferecia contratos cultuosos para Judy, e, por não querer
liberar a atriz fizeram Judy atuar com Mickey Rooney em uma sequência de musicais Backstreet ou
"fundo de quintal". A dupla apareceu pela primeira vez no filme de
1940 Thoroughbreds B Don't Cry. Eles se tornaram uma sensação e
juntaram-se novamente em Love Finds Andy Hardy. Judy acabaria por
estrelar, com Rooney, nove filmes.
"Bem cedo Judy Garland tornou-se
dependente, o que aconteceu sem que ela soubesse ou fosse consultada. Isso foi
obra do gerente do estúdio, Louis Mayer, que, para melhor utilizar os serviços
da jovem, providenciava-lhe anfetaminas para estimulá-la e, depois,
barbitúricos para que dormisse quando não era mais necessária.
Seu 5º marido, Mickey Deans, narra em um
livro alguns dos momentos terríveis da vida da atriz. "Trabalhávamos seis
dias por semana, dez a doze horas por dia", lembra ele. Em certas
ocasiões, "o doutor do estúdio trazia para mim e para outros atores
pílulas que pareciam grandes como pires. Eram para manter-nos alerta. Quando
acabava de encenar, levavam-me para o hospital do estúdio. A macaca Chita era
mais bem tratada do que eu." Após longas lutas para recuperar-se, física e
profissionalmente, e depois de grandes sucessos, como Nasce Uma Estrela, Judy
morreu em julho de 1969 de uma dose excessiva, e aparentemente acidental, de
barbitúricos." ("Tudo Sobre Drogas: Famosos e Drogados" pág.
79-80, Marc Kusinitz, Ed. Nova Cultural, São Paulo, 1988)
O Mágico de Oz
Judy logo conseguiu o papel principal de
Dorothy Gale em O Mágico de Oz (1939), na idade de 16
anos, em que ela cantou a música com a qual ela sempre seria identificada, Over the Rainbow.
Embora os produtores Arthur Freed e
Mervyn LeRoy quisessem Judy desde o início, o chefe do estúdio Mayer tentou
primeiro conseguir Shirley Temple, da 20th Century Fox. Os serviços de Temple foram negados e Judy foi
escalada. Garland foi inicialmente equipada com uma peruca loira para o papel,
mas Freed e LeRoy decidiram contra isso na hora de filmar.
Seus seios estavam presos com fita e ela
foi obrigada a usar um colete especial para aplainar suas curvas e fazê-la
parecer mais jovem, seu vestido de algodão azul também foi escolhido por seu
efeito de indefinição sobre sua figura.
A filmagem começou em 13 de outubro de 1938 e foi concluída em 16 de março de 1939,
com um custo final de mais de 2 milhões de dólares. A partir da conclusão das
filmagens, A MGM manteve Judy ocupada com turnês promocionais e as filmagens de Babes in Arms. Garland e Mickey
Rooney foram enviados em uma turnê promocional através do país, que culminou em
17 agosto com a New York City Priemiere no Teatro Capitólio, que
incluía cinco shows por dia.
O Mágico de Oz foi um tremendo sucesso
de crítica, mas, com seu alto orçamento e promoções, que custaram cerca de 4
milhões, juntamente com a baixa receita gerada por ingressos de crianças, o
filme não teve lucro até que foi relançado em 1940.
Na cerimônia do Oscar de 1940, Judy recebeu um Oscar Juvenil pelos seus desempenhos em 1939,
incluindo The Wizard of Oz e Babes in Arms. Na sequência desse
reconhecimento, Judy se tornou um dos astros mais rentáveis da MGM.
Estrelato adulto
Em 1940, ela estrelou três filmes: Andy Hardy Meets
Debutante, Strike Up the Band e Little Nellie Kelly. No último filme,
Garland interpretou seu primeiro papel de adulto, um duplo papel de mãe e
filha. A personagem Little Nellie Kelly foi comprada de George M. Cohan como um
veículo para Judy avaliar tanto seu apelo de audiência como sua aparência
física. O papel foi um desafio para ela, exigindo o uso de um acento, seu
primeiro beijo adulto e a única cena de morte de sua carreira. O sucesso dos
três filmes, e mais três filmes em 1941, garantiu sua posição na MGM como sua
maior propriedade.
Durante esse tempo, Judy experimentou
seus primeiros romances adultos sérios. O primeiro foi com o líder de banda
Artie Shaw. Garland era profundamente dedicada a Shaw e ficou devastada no
início de 1940, quando ele fugiu com Lana Turner. Judy começou um relacionamento com o músico David
Rose e, em seu 18º aniversário, Rose deu-lhe um anel de noivado. O estúdio
interveio porque ele ainda era casado na época com a atriz e cantora Martha
Raye. O casal concordou em esperar um ano para permitir o divórcio de Rose de
Raye e casaram em 27 de julho de 1941. Ela estava visivelmente mais magra em
seu próximo filme, For Me and My Gal, ao lado de Gene Kelly em sua primeira aparição na tela. Garland ficou
no topo dos créditos pela primeira vez e, efetivamente, fez a transição de
estrela adolescente a atriz adulta.
Na idade de 21 anos, ela recebeu um
tratamento de glamour em Presenting Lily Mars, no qual ela usava
vestidos adultos. Seu brilhante cabelo estava puxado para cima de forma
elegante. No entanto, não importa o quão glamourosa ou bonita ela aparecesse na
tela ou em fotografias, ela nunca estava confiante em sua aparência e nunca
escapou da imagem de "garota da porta do lado" que tinha sido criada
para ela. Somando-se à sua insegurança, houve a dissolução de seu casamento com
David Rose. Judy, que tinha abortado a sua gravidez em 1942, concordou com uma
separação em janeiro de 1943 e eles se divorciaram em 1944.
Um dos mais bem sucedidos filmes de
Garland para a MGM foi Meet me in St. Louis (1944), em que ela
apresentou três canções: The Trolley Song, The Boy Next Door e Have Yourself a Merry
Little Christmas. Vincente Minnelli foi designado para
dirigir esse filme e pediu que a artista de make-up Dorothy Ponedel fosse
atribuída a Garland para melhorar sua imagem. Ponedel refinou a aparência de
Judy de diversas maneiras, incluindo a ampliação e remodelação das
sobrancelhas, mudando seu cabelo, modificando sua linha de lábio e com a
remoção de discos de seu nariz. Judy apreciou os resultados, tanto que Ponedel
foi escrita em seu contrato para todas as suas fotos restantes na MGM. Durante
as filmagens de Meet me in St. Louis, depois de alguns
conflitos iniciais entre eles, Minnelli e Garland começaram um relacionamento.
Eles casaram em 15 de junho de 1945 e em 12 de março de 1946 sua filha Liza Minnelli nasceu.
The Clock (1945) foi o seu
primeiro filme dramático, ao lado de Robert Walker. Embora o filme tenha sido
elogiado pela crítica e obtivesse muito lucro, a maioria dos fãs do filme
esperava que ela cantasse. Seriam muitos anos antes que ela fizesse outro papel
dramático sem cantar.
Outros filmes famosos dela nos anos 1940
incluem The Harvey Girls (1946), no qual ela
cantou a música vencedora do Academy Award, On the Atchison, Topeka e Santa Fé, e The Pirate (1948).
Deixando a MGM
Durante as filmagens de The Pirate, em abril de 1947, Judy
sofreu um colapso nervoso e foi colocada em um sanatório privado. Ela foi capaz
de completar as filmagens, mas em julho desse ano fez sua primeira tentativa de
suicídio, fazendo pequenos cortes nos pulsos com um vidro quebrado. Na
sequência de seu trabalho em The Pirate, Judy completou mais
três filmes para a MGM: Easter Parade (em que ela dançou com Fred Astaire), In the Good Old Summertime, e seu último filme com
a MGM, Summer Stock.
Garland foi incapaz de completar uma
série de filmes. Durante as filmagens de Os Barkleys da Broadway, Judy tomou uma
prescrição de medicação para dormir, juntamente com comprimidos ilicitamente
obtidos contendo morfina. Estes, em combinação com enxaqueca, levaram-na a perder vários dias de filmagem. Depois
de ser advertido pelo médico de que ela só seria capaz de trabalhar quatro a
cinco dias por vez, com incrementos de períodos de repouso prolongado entre
eles, o executivo da MGM Arthur Freed tomou a decisão de suspender Garland em
18 de julho de 1948. Ela foi substituída por Ginger Rogers.
Judy estava no elenco da adaptação
cinematográfica de Annie Get Your Gun, no papel-título de
Annie Oakley. Ela estava nervosa com a perspectiva de assumir um papel
fortemente identificado com Ethel Merman, preocupada por aparecer em um papel
não-glamouroso após ser identificada com papéis juvenis por vários anos, e
perturbada por causa do seu tratamento nas mãos do diretor Busby Berkeley. Ela
começou a chegar atrasada ao set e às vezes não aparecia.
Ela foi suspensa em 10 de maio de 1949 e foi substituída por Betty Hutton. Judy
fez seu próximo filme, Royal Wedding June Allyson, quando ficou grávida,
em 1950. Ela novamente não se apresentou para o set em diversas ocasiões e o
estúdio suspendeu o seu contrato em 17 de junho de 1950, substituindo-a por
Jane Powell. Respeitáveis biografias após a morte de Garland declararam que,
depois dessa última demissão, ela esfregou no pescoço um copo de água quebrado,
exigindo apenas um Band-Aid, mas, ao mesmo tempo, o público foi
informado de que uma desalentada Garland tinha cortado a garganta. "Tudo
que eu podia ver à frente era mais confusão", disse mais tarde Judy
sobre a tentativa de suicídio. "Eu queria apagar o futuro, assim como o
passado. Eu queria me machucar e todos que me feriram."
Estrelato renovado no palco
Em 1951, Garland se divorciou de Vincente
Minnelli. Ela contratou Sid Luft como seu gerente no mesmo ano. Luft organizou
uma turnê de quatro meses de concertos no Reino Unido, onde esgotou as vendas de ingressos em toda a Inglaterra, Escócia e Irlanda. A turnê incluiu apresentações no famoso London Palladium, por um período de
quatro semanas em abril. Apesar de a imprensa britânica criticá-la, antes de
sua estreia, por ser "muito gorda", ela recebeu críticas positivas e
a ovação foi descrita pelo gerente do Paládio como a mais alta que ele nunca
tinha ouvido falar.
Em outubro de 1951, Judy iniciou, em um
estilo vaudeville, duas apresentações por dia no
recém-reformado Broadway's Palace Theatre. As 19 semanas de
apresentação ultrapassaram todos os recordes anteriores para o teatro e isso
foi descrito como "um dos maiores triunfos da história pessoal do show business". Judy foi
homenageada pela sua contribuição para a revitalização dovaudeville com um especial de Tony Award.
Garland e Luft se casaram em 8 de junho
de 1952, em Hollister, Califórnia, e Judy deu à luz a primeira filha do casal, Lorna,
no mesmo ano.
As realizações pessoais e profissionais
de Garland durante esse tempo foram marcadas pelas ações de sua mãe, Ethel. Em
maio de 1952, no auge do retorno de Judy, Ethel foi destaque em uma história do Los Angeles
Mirror, no qual ela revelou que, embora Garland estivesse fazendo uma
pequena fortuna no Pallace, Ethel estava trabalhando em escritório, na Douglas Aircraft Company, por 61 dólares por
semana. Garland e Ethel tinha ficado afastadas por anos, com Judy
caracterizando sua mãe como "não serve para nada a não ser para criar caos
e medo" e acusando-a de má administração e apropriação indevida do salário
de Judy desde os primeiros dias de sua carreira. A irmã de Judy, Virgínia,
negou, dizendo: "Mamãe nunca levou um centavo de Judy". Em 5
de janeiro de 1953, Ethel foi encontrada morta no estacionamento Douglas Aircraft.
A Star Is Born
Em 1954, Garland filmou um remake do musical A Star is Born para a Warner Bros. Luft e Garland, através de sua produtora Transcona Enterprises, produziram o filme,
enquanto a Warner Brosforneceu os fundos e as instalações de
produção e da equipe. Dirigido por George Cukor e co-estrelado por James Mason, era uma grande empreitada a que Garland
inicialmente se dedicou plenamente. Com o progredir da filmagem, no entanto,
ela começou a fazer as coisas que tinha feito tantas vezes durante seus últimos
filmes da MGM. Atrasos de produção e aumento dos custos levaram a confrontos
com Jack Warner, o cabeça da Warner Bros. Por sugestão de Luft,
o Born in a Trunk (Nascido em um Tronco)
foi filmado como uma vitrine para Garland e contra as objeções do diretor
Cukor, que temia que o comprimento adicional levasse a cortes em outras áreas.
A sequência do filme foi concluída em 29 de julho.
Após a sua estreia mundial em 29 de
setembro, o filme foi recebido com aclamação crítica e popular enorme. Antes do
lançamento, o filme foi editado por instrução de Jack Warner, os operadores de
cinema estavam preocupados porque eles só foram capazes de rodar o filme três
ou quatro vezes por dia em vez de cinco ou seis e pressionaram o estúdio para
fazer reduções adicionais. Cerca de 30 minutos de imagens foram cortados,
provocando indignação entre os críticos e cinéfilos. A Star is Born acabou perdendo dinheiro
e a posição financeira de Judy ficou abalada porque os lucros esperados não se
materializaram. A Transcona não fez mais filmes com
a Warner.
Garland foi nomeada para o Óscar de Melhor Atriz
(principal) e, nas vésperas do Academy Awards, era esperada como a
provável vencedora pelo público e críticos. Ela não pôde comparecer à cerimônia
porque tinha acabado de dar à luz seu filho, Joseph Luft, então uma equipe de
televisão estava no hospital com câmeras e cabos para a transmissão televisiva
do discurso de aceitação antecipada. O Oscar foi ganho, no entanto,
por Grace Kelly, para The Country Girl (1954). A equipe de
filmagem foi à cerimônia antes que Kelly pudesse chegar ao palco. Judy até fez
piadas sobre o incidente, em sua série de televisão, dizendo: "... e
ninguém disse adeus". Groucho Marx enviou um telegrama após a cerimônia de
premiação, declarando que a sua perda foi "o maior roubo desde
Brinks". Esse dia ainda é considerado uma das maiores viradas na história
do Oscar. Judy, no entanto, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz
em um Musical pelo papel.
Os filmes de Garland após A Star Is Born incluíram Julgamento em Nuremberg (1961) (para o qual ela
foi indicada para Oscar e Golden Globe, nomeada para Melhor
Atriz (coadjuvante/secundária), o longa-metragem animado Gay Purr-ee (1962), e A Child is Waiting ((1963 ), com Burt Lancaster. Seu último filme, I Could Go On Singing (1963), co-estrelado por Dirk Bogarde, espelhou sua própria vida com a história de uma
cantora mundalmente famosa. A última música do filme foi a profética I Could Go on Singing.
Televisão, shows e Carnegie
Hall
Começando em 1955, Garland apareceu em vários
especiais de televisão. O primeiro foi o episódio de estreia de 1955 do Ford Star Jubileu, que foi a primeira
transmissão totalmente colorida na CBSe foi um
triunfo, marcando 34,8 pontos na classificação Nielsen. Judy fez um contrato de três anos e de 300.000
dólares com a rede. Só um adicional especial, uma edição ao vivo da General Electric Theater, foi transmitido em
1956, antes de a relação entre a Lufts e CBS ter se quebrado em uma disputa
sobre o formato planejado dos especiais programados. Em 1956, Judy se
apresentou por quatro semanas no The New Frontier Hotel, em Las Vegas, por um salário de 55.000 dólares por semana,
fazendo-a a mais bem paga animadora de Las Vegas. Apesar de um breve ataque de laringite, suas performances foram tão bem sucedidas
que sua execução foi prorrogada por uma semana. Mais tarde, naquele ano, ela
voltou ao Palace Theatre, local de seus triunfos anteriores em
concertos de duas vezes por dia. Ela iniciou em setembro, tendo mais uma vez
elogios e aclamação popular.
Em novembro de 1959, Judy foi internada
com diagnóstico de hepatite aguda. Ao longo das
próximas semanas, vários fluidos foram drenados de seu corpo até que, ainda
fraca, ela foi liberada do hospital em janeiro de 1960. Ela foi informada pelos
médicos de que provavelmente tinha cinco anos ou menos para viver e que, mesmo
se sobrevivesse, ela seria uma semi-inválida e nunca iria cantar novamente.
Inicialmente, ela se sentiu "muito aliviada" com o diagnóstico.
"A pressão estava fora de mim pela primeira vez na minha vida".
No entanto, Judy recuperou-se com êxito ao longo dos próximos meses e, em
agosto do mesmo ano, voltou ao palco do Palladium. Ela se sentiu tão
calorosamente abraçada pelos britânicos que anunciou sua intenção de mudar-se
definitivamente para a Inglaterra.
A aparição no concerto no Carnegie Hall, em 23 de abril de
1961, foi um destaque considerável, chamado por muitos de "a noite maior
da história do show business". A gravação dupla Judy at Carnegie Hall ganhou o certificado de
ouro, marcando presença por 95 semanas na Billboard, incluindo 13 semanas no número um. O álbum ganhou cinco
prêmios Grammy, incluindo Álbum do Ano e Melhor Vocal
Masculino do Ano.
Em 1961, Judy e a CBS resolveram litígios
de seu contrato com a ajuda de seu novo agente, Freddie Fields, e ela negociou
uma nova rodada de ofertas. O primeiro programa, intitulado The Judy Garland Show, exibido em 1962,
contou com convidados como Frank Sinatra e Dean Martin. Na sequência desse sucesso, a CBS fez uma oferta
de 24 milhões de dólares para Judy, para uma série semanal de televisão
própria, também a ser chamada de The Judy Garland Show, que foi considerado na
época pela imprensa como "o maior negócio de talentos da história da
TV". Embora Judy tivesse dito já em 1955 que ela nunca faria uma série de
televisão semanal, no início dos anos 1960 ela estava em uma situação financeira
precária. Judy fez várias centenas de milhares de dólares em dívida para com a
Receita Federal, não pagando impostos em 1951 e 1952, e o fracasso financeiro
de A Star is Born significava que ela não
recebeu nada do que havia investido. A temporada de sucesso na televisão
destinava-se a garantir o futuro financeiro de Garland.
Na sequência de uma trinca especial, Judy Garland e seus
convidados Phil Silvers e Robert Goulet, a série semanal estreou em 29 de setembro de
1963. The Judy Garland Show foi elogiado pela crítica,
mas, por uma variedade de razões (incluindo ser colocado no mesmo horário de Bonanza na NBC),
o show durou apenas uma temporada e foi cancelado em
1964, após 26 episódios. Apesar do seu curto tempo, a série foi indicada para
quatro prêmios Emmy. O fim da série foi pessoalmente e
financeiramente devastador para Judy, que nunca se recuperou completamente de
seu fracasso.
Anos finais
Com o desaparecimento da sua série de
televisão, Judy voltou ao palco. Mais notavelmente, ela se apresentou no
Paládio de Londres com sua filha Liza Minnelli, então com 18 anos, em novembro de 1964. O
concerto, que também foi filmado pela rede de televisão britânica ITV, foi uma
das últimas aparições de Garland no local. Ela
fez aparições no The Ed Sullivan Show, The
Tonight Show,The Hollywood Palace e The
Merv Griffin Show, hospedando um episódio
do último.
Judy processou Sid Luft pelo divórcio em
1963, alegando "crueldade" como motivo. Ela também afirmou que tinha
apanhado de Luft várias vezes enquanto ele bebia e que ele tinha tentado levar
os filhos dela com força. Ela pediu o divórcio mais de uma vez anteriormente,
inclusive já em 1956.
A turnê de 1964 na Austrália foi amplamente desastrosa. O primeiro concerto
em Sydney, realizado no Sydney Estadium, porque não podiam
acomodar a multidão que queria vê-la, foi bem e recebeu críticas positivas. Sua
segunda apresentação, em Melbourne, começou com uma
hora de atraso. A multidão de 70.000 pessoas, enfurecidas pela sua morosidade e
acreditando que Garland bebera, vaiaram-na e ela fugiu do estádio após apenas
45 minutos. Mais tarde, ela caracterizou a multidão de Melbourne como
"brutal". O segundo concerto em Sydney foi normal, mas a apresentação
em Melbourne deu-lhe má fama na imprensa. Alguns maus comentários foram
causados por um episódio quase fatal de pleurisia, seguido pela quarta união de Garland, com o
promotor de turnê Mark Herron. Eles anunciaram que o casamento teve lugar a
bordo de um cargueiro ao largo da costa de Hong Kong, no entanto, Judy não era legalmente divorciada de
Luft no momento em que a cerimônia foi realizada. Seu divórcio de Luft se
tornou definitivo em 19 de maio de 1965, mas Herron e Garland não se casaram
legalmente até 14 de novembro.
Em fevereiro de 1967, Judy foi escalada
como Helen Lawson no Valley of the Dolls da 20th Century Fox. A personagem Neely O'Hara no livro de
Jacqueline Susann foi coberta de rumores de ter sido baseada em Garland. O
papel de O'Hara no filme foi interpretado por Patty Duke. Durante as filmagens,
Judy faltou aos ensaios e foi demitida em abril. Ela foi substituída por Susan Hayward. A pré-gravação da canção I'll Plant My Own Tree sobrevive até hoje,
juntamente com os testes de seu guarda-roupa.
Retornando ao palco, Garland fez suas
últimas aparições no Palace Theatre de Nova York, em julho, uma turnê de 16 shows, tocando com seus
filhos Lorna e Joey Luft. Judy usava um terninho de lantejoulas no palco para
essa turnê, que fazia parte do guarda-roupa original de sua personagem em Valley of the Dolls.
No início de 1969, sua saúde havia se
deteriorado. Ela cantou em Londres na boate Talk of the Town por cinco semanas e fez
seu último concerto em Copenhage, em março de
1969. Ela se casou com seu último marido, Mickey Deans, em Londres, em 17 de
março de 1969, depois de seu divórcio de Herron ter sido finalizado em 11 de
fevereiro daquele ano.
Em 22 de junho de 1969, Judy Garland foi
encontrada morta por Deans no banheiro de sua casa de Londres. O legista, Gavin
Thursdon, declarou no inquérito que a causa da morte foi "uma
autossobredosagem incauta" de barbitúricos; seu sangue continha o equivalente a 97 mg
de cápsulas de Seconal. Thursdon salientou que a overdose foi acidental e que
não havia nenhuma evidência para sugerir que ela havia cometido suicídio. A
autópsia revelou que não houve inflamação do revestimento do estômago dela e
nenhum resíduo de drogas em seu estômago, o que indicou que a droga havia sido
ingerida por um longo período de tempo, em vez de uma dose. Seu atestado de
óbito indicou que sua morte foi "acidental". Mesmo assim, um especialista
britânico que tinha assistido Judy disse que ela estava vivendo com tempo
emprestado devido à cirrose hepática. Garland
tinha completado 47 anos apenas 12 dias antes de sua morte. Sua co-estrela em O Mágico de Oz, Ray Bolger, comentou
no funeral de Judy, "Ela simplesmente se consumiu". Estima-se
que 20.000 pessoas fizeram fila por horas na capela funerária Frank E. Campbell
para ver o corpo dela. Judy foi enterrada no Cemitério Ferncliff, em Hartsdale, Nova York.
Legado
O legado de Judy Garland como artista e
como personalidade resistiu por muito tempo após sua morte. O American Film Institute nomeou Garland a oitava
entre as maiores estrelas de todos os tempos. Ela tem sido objeto de mais de
duas dezenas de biografias desde sua morte, incluindo o bem-recebido Me and My Shadows: A Memoir
Familly,
por sua filha, Lorna Luft. O livro foi posteriormente adaptado para a
multipremiada minissérie de televisão, Life with Judy Garland:
Me and My Shadows, que ganhou Emmy Awards por duas atrizes que
retrataram Garland (Tammy Blanchard e Judy Davis). Garland foi postumamente
premiada com o Grammy Lifetime Achievement Award, em 1997. Várias de
suas gravações têm sido apresentadas no Hall da Fama do Grammy. Essas incluem Over the Rainbow, que foi classificada
como a música número um de todos os tempos no American Film
Institute's 100 Years ... 100 Songs. Quatro outras músicas de Judy são destaques na lista: Have
Yourself a Merry Little Christmas, Get
Happy, The Trolley Song e The
Man That Got Away. Judy por duas vezes foi
homenageada em selos postais dos Estados Unidos, em 1989 (como Dorothy) e
novamente em 2006 (como Vicki Lester de A Star Is Born).
A eterna Dorothy de “O mágico de Oz”,
após inspirar biografias, livros e séries de TV, ganhou um novo texto do inglês
Peter Quilter, para a peça de teatro “Judy Garland — O fim do arco-íris”, que
apresenta os bastidores da sua última turnê em Londres, em 1968. A peça foi premiada como melhor espetáculo, no
Festival de Edimburgo e estreou em várias versões, tendo sido considerada pelo
Times como "O Melhor Musical de Sempre". A versão inglesa de Judy Garland arrancou elogios
da imprensa britânica na voz de Tracie Bennett, à qual valeu os maiores prémios do teatro
britânico; A versão brasileira na voz de Claudia Netto fascinou o público; A versão portuguesa, estreada em Fevereiro de 2012,
foi considerada um dos melhores musicais de Filipe La Féria, com Judy Garland na voz de Vanessa Silva que impressiona em interpretações tão boas como
as da própria Judy Garland e a versão americana irá estrear na Brodway em
2012.
Casamentos
David Rose - músico (1941-1943)
David a consolou quando ela perdeu um
namorado para Lana Turner (Artie Shaw). Começaram a sair juntos e a mãe de
Judy tentou impedir, pois ele já era separado e ela muito jovem. Foi o fato de
ser mais velho e experiente que atraiu Judy. Garland fugiu durante as filmagens
de Babes on Broadway para se casar. Para sua
família e estúdio, deixou somente um bilhete que dizia: "Estou muito
feliz por Dave e eu termos nos casado - dê-me um pouco de tempo e voltarei para
terminar o filme com uma tomada por cena. - Amor, Judy".
Todos concordaram em que o casamento foi mais para se libertar de sua mãe do que
propriamente por amor. Eles foram morar na mansão de Jean Harlow. Mansão considerada assombrada, pois o marido de
Jean suicidou-se lá. Ela engravidou, mas o estúdio e sua mãe decidiram que não
era a hora. Seu marido também apoiou a decisão. Judy sentiu-se sozinha e triste
por não respeitarem-na e jamais perdoou David por isso.
Vincent Minnelli - diretor (1945-1951)
Judy e Minelli se conheceram através de Arthur Freed, produtor da MGM.
Tornaram-se amigos e logo estavam saindo juntos. Durante as filmagens de Meet me In St. Louis (Agora Seremos Felizes),
o caso começou a ficar mais sério. Ela gostava do jeito dele, da sua calma, de
sua capacidade de acalmá-la. Minelli era bissexual e ela sabia disso.
Casaram-se e logo ela engravidou de
Vincent. Ele a tratou como uma princesa desde que soube da gravidez. Os
críticos cochichavam que o bebê seria "imaculado" (filho de Dorothy
com um homossexual). E todos ficaram surpresos quando Liza nasceu com os olhos e as bochechas do pai e o
nariz empinado da mãe.
Foi um período um tanto quanto calmo para
ela, exceto pela depressão pós-parto. Ela
tinha dado um tempo na ingestão de pílulas. Quando reiniciou as filmagens, o
vício retornou.
Minelli tentou fazer com que Judy se
controlasse, porém, depois de um tempo, nada surtia efeito e ele cansou-se. A
guarda de Liza ficou compartilhada. Durante suas brigas e crises, o casal
mantinha a garotinha afastada.
Sidney Luft - empresário (1951-1964)
Judy conheceu Sid quando estava hospedada
no Hotel Carlyle. Ele tinha sido casado com Eleanor Power.
Depois de muitos desencontros, casaram-se. Em termo de personalidade, Sid era
totalmente diferente de Minelli.
Ele tornou-se seu empresário também,
ajudando-a no período em que ela esteve afastada das telas. Tiveram dois
filhos, Lorna e Joey. Depois, começaram as crises, também devido à dependência
dela em remédios. Além do quê, as brigas começaram a ficar violentas, com um
batendo no outro. Ele exigiu a guarda dos filhos. A briga se arrastaria por
anos a fio, com Judy ganhando a guarda.
Mark Herron - ator (1964-1967)
Judy conheceu esse ator de papéis
coadjuvantes numa festa. Ele tinha 33 anos e ela ficara encantada, decidindo
trabalhar com ele numa peça. Os planos não deram certo.
Depois de uma internação, ela assumiu o
romance e o apresentou como seu marido. Depois que ele estreou uma peça,
anunciaram a separação, depois de comentários baixos (trocados através da
imprensa) um contra o outro.
Mickey Deans - playboy (1967-1969)
Judy e Mickey casaram-se em 1969, depois
de seu divórcio com Mark. Em seu último ano de vida, Judy parecia mais sensível
que nunca. Nenhum astro compareceu à cerimônia que foi realizada em Londres. Ele era reconhecidamente um playboy, assim como o marido
anterior da atriz.
Embora sorrissem muito em público, o
casal brigava constantemente. Ela estava recorrendo a drogas cada vez mais
pesadas. Num especial que fez para a TV britânica, olhando para Mickey, cantou
uma canção "Pela primeira vez na vida tenho alguém que precisa de mim".
Filhos
- Liza Minnelli - nascida em 12 de março de 1946, atriz e cantora (famosa com os filmes Cabaret, New York New York). Com Vincent Minnelli.
- Lorna Luft - nascida em 21 de novembro de 1952, atriz e cantora. Filha de Sydney Luft, empresário.
- Joe Luft - nascido em 29 de março de 1955.
Filho de Sidney Luft, empresário.
Filmografia:
1936 Pigskin Parade
1936 Every Sunday
1937 Thoroughbreds Don't Cry
1938 Listen, Darling
1938 Broadway Melody of 1938
1938 Love Finds Andy Hardy - O Amor Encontra Andy Hardy
1938 Everybody Sing
1939 Babes in Arms - Sangue de Artista
1939 The Wizard of Oz - O Mágico de Óz
1940 Andy Hardy Meets Debutante
1940 Little Nellie Kelly 1940 If I Forget You
1940 Strike Up the Band 1941 Ziegfeld Girl
1941 Life Begins for Andy Hardy
1941 Babes on Broadway
1942 For Me and My Gal
1943 Thousands Cheer
1943 Girl Crazy
1943 Presenting Lily Mars
1944 The Clock
1944 Meet Me in St Louis - Agora Seremos Felizes
1946 The Harvey Girls
1946 Ziegfeld Follies
1946 Till the Clouds Roll By
1948 The Pirate - O Pirata
1948 Easter Parade - Desfile de Páscoa
1948 Words and Music
1949 In the Good Old Summertime
1950 Summer Stock - Casa, Comida e Carinho
1954 A Star is Born - Nasce uma Estrela
1960 Pepe (voice)
1961 Judgement at Nuremberg - Julgamento em Nuremberg
1962 Gay Purr-ee (voice)
1963 A Child is Waiting - Minha Esperança é Você
1963 I Could Go On Singing
1963 -- 1964 The Judy Garland Show (TV series)
1964 Judy Garland in Concert.
Imagens:
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