BETTE DAVIS
Ruth Elizabeth "Bette" Davis (Lowell,
5 de abril de 1908
— Neuilly-sur-Seine,
6 de outubro de 1989),
foi uma atriz estadunidense de cinema, televisão e teatro. Conhecida por sua vontade de interpretar
personagens antipáticas, ela era venerada por suas atuações numa variada gama
de gêneros
cinematográficos; de melodramas policiais a filmes de época e comédias, embora seus maiores sucessos
tenham sido em romances dramáticos.
Após
trabalhar em peças na Broadway, Davis
mudou-se para Hollywood em 1930,
onde obteve pouco êxito com papéis em produções da Universal Studios. Foi contratada pela Warner Bros. em 1932, estabelecendo uma bem
sucedida carreira através de várias atuações aclamadas pela crítica. Em 1937
tentou se libertar do contrato e, apesar de ter perdido um processo
contra a produtora que foi amplamente explorado pela mídia, atingiu o período
de maior sucesso de sua carreira. Até o final dos anos 1940, Davis foi uma das
mais célebres protagonistas do cinema americano, reconhecida por seu estilo
forte e intenso. Ganhou uma reputação de perfeccionista muito combativa, sendo
que embates com executivos dos estúdios, diretores de cinema e outras estrelas
eram frequentemente noticiados pela mídia. Seu estilo franco, sua voz distinta
e o cigarro sempre a mão contribuíram para a
construção de uma imagem pública muito imitada e satirizada.
Davis
foi co-fundou a Hollywood Canteen – iniciativa para angariar fundos para o Exército
e entreter soldados estadunidenses durante a Segunda Guerra
Mundial – e foi a primeira presidenta da Academia
de Artes e Ciências Cinematográficas. Ganhou o Oscar de Melhor
Atriz duas vezes, foi a primeira pessoa a receber dez indicações ao Oscar nas categorias de atuação, além de
ter sido a primeira mulher a receber um prêmio pelo conjunto da obra do American Film
Institute. Sua carreira passou por vários períodos sombrios, tendo
ela mesma admitido que seu sucesso se deu muitas vezes às custas de seus
relacionamentos pessoais. Casada quatro vezes, tornou-se viúva uma vez e divorciada outras três, tendo criado seus
filhos como mãe solteira. Seus últimos anos foram marcados por um longo período
de doença, mas ela continuou atuando até pouco antes de sua morte por câncer de mama, com mais de 100 papéis em
filme, televisão e teatro em sua filmografia. Em 1999, Davis foi a segunda
colocada, atrás apenas de Katharine Hepburn, na lista do American
Film Institute das maiores atrizes de todos os tempos.
A
família era protestante, de
raízes inglesas, francesas e escocesas. Em 1915, os pais de Davis se
separaram e Betty e Bobby foram matriculadas no internato de Crestalban em
Lanesborough, cidade localizada no planalto de Berkshire.[2] Em 1921, Ruth Davis mudou-se com
as filhas para Nova Iorque, onde
trabalhou como retratista. Após ver Rudolph Valentino em Os Quatro
Cavaleiros do Apocalipse (1921) e Mary Pickford em O Pequeno Lord
(1921), Betty se sentiu inspirada a seguir a carreira de atriz,[3] mudando a grafia de seu nome para
"Bette", em homenagem ao romance La Cousine Bette de Honoré de Balzac.[4] Ela recebeu o incentivo da mãe,
que também havia aspirado em se tornar uma atriz.
Nessa
época, Davis estudou no internato Cushing Academy em Ashburnham, Massachusetts,
onde conheceu seu primeiro marido, Harmon O. Nelson, conhecido como "Ham".
Em 1926, assistiu a uma performance da peça O Pato Selvagem, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, estrelada pelas atrizes
Blanche Yurka e Peg Entwistle.
Davis posteriormente revelaria que a peça cimentou sua escolha pela carreira
artística: "antes da peça começar, eu queria ser atriz. Quando
ela terminou, eu tinha que ser uma atriz… exatamente como Peg
Entwistle".[5] Primeiramente, Davis tentou
entrar no Civic Repertory Theatre, uma companhia de teatro mantida por Eva
LeGallienne em Manhattan, mas foi
rejeitada pela própria LeGallienne, que a acusou de ser "frívola" e
"insincera".[6] Porém, foi aceita pela John
Murray Anderson School of Theatre, onde estudou dança com Martha Graham.
Concluídos
os estudos, a jovem atriz fez um teste para a companhia de teatro de George Cukor, que, embora não tenha ficado
muito impressionado com ela, lhe deu seu primeiro trabalho remunerado – o papel
de uma corista na peça Broadway por uma
semana. Mais tarde, Davis foi escolhida para interpretar Hedwig, o personagem
que ela havia visto Entwistle interpretar em O Pato Selvagem. Depois de
atuar na Filadélfia, em Washington, D.C. e em Boston, Davis estreou na Broadway em 1929 com a peça Pratos
Quebrados, que foi seguida por Sólido Sul. Notada por um caçador de
talentos da Universal Pictures,
foi convidada para fazer um teste em Hollywood.
Início em Hollywood
Acompanhada
pela mãe, Davis viajou de trem para Hollywood, chegando dia 13 de dezembro de 1930.
Os executivos da Universal não se impressionaram com a jovem, mas
ofereceram-lhe um curto contrato. Em The Bad Sister (1931),
Davis fez sua primeira aparição nos cinemas, em um papel menor. O filme, uma
produção de baixo orçamento, é hoje lembrado por marcar as estreias de Davis e
outro que ator que também se tornaria um mito, Humphrey Bogart. No mesmo ano, Davis
apareceu em Seed.
A
Universal renovou o contrato de Davis, dando-lhe um pequeno papel no bem
recebido Waterloo Bridge. Davis foi então emprestada para outros
estúdios, onde apareceu nas produções Way Back Home (1931), The
Menace e Hell's House (ambos em 1932).
Após nove meses e nenhum filme de sucesso, a Universal resolveu não renovar o
contrato de Bette Davis.
Contrato com a Warner Bros
Decidida
a deixar Hollywood e voltar para o teatro, Davis foi surpreendida por um
telefonema do ator George Arliss, seu antigo professor de interpretação. O
veterano precisava de uma jovem atriz para seu novo filme, The Man Who
Played God (1932), e convenceu os executivos da Warner Bros. a contratá-la. Pelo resto de
sua vida, Davis creditou Arliss como o responsável por sua segunda chance em
Hollywood.
Além
de um contrato de cinco anos com a Warner Bros., o ano de 1932 foi marcado pelo
primeiro casamento de Bette Davis, com seu antigo namorado "Ham"
Nelson.
Após
uma série de aparições em filmes pouco memoráveis, Davis convenceu os
executivos da Warner Bros. a emprestá-la a um estúdio rival, o RKO Pictures, para a produção de Of
Human Bondage (br:Escravos do Desejo), em 1934.
O filme, uma adpatação do romance homônimo do britânico W. Somerset Maugham,
estrelada por Leslie Howard,
fez grande sucesso com a crítica. A revista Life escreveu que a Mildred Rogers
de Davis talvez fosse "a melhor interpretação de uma atriz americana
registrada em filme". Quando o trabalho não foi indicado ao Oscar, a atriz Norma Shearer iniciou uma campanha por sua
nomeação. Pressionada, a academia alterou as regras para a votação do ano,
permitindo que nomes não presentes nas cédulas recebessem votos. Ainda assim, o
Oscar de melhor atriz de 1934 foi entregue a Claudette Colbert, por Aconteceu
Naquela Noite.
No ano
seguinte, finalmente reconhecendo o potencial de Davis, a Warner Bros. deu-lhe
o papel principal em Dangerous (br: Perigosa). Segundo o jornal The New York Times,
Davis estaria se tornando uma das mais interessantes atrizes do cinema.
Oficialmente candidata, foi premiada pela primeira vez com o Oscar.
Em 1936,
Davis voltou a atuar ao lado de Leslie Howard e Humphrey Bogart em The
Petrified Forest (br: A Floresta Petrificada). Apesar do sucesso do
filme, Davis voltou a ser usada em produções que ela julgava medíocres, como Satan
Met a Lady. Convencida de que sua carreira estava sendo prejudicada, Davis
abandonou a Warner Bros. antes do término de seu contrato, planejando atuar em
dois filmes na Inglaterra. O caso
foi levado à corte judicial inglesa que decidiu que a atriz deveria honrar seu
contrato com a Warner Bros..
Ao
contrário do que se poderia imaginar, a briga judicial terminou por beneficiar
Davis, que passou a ser vista com mais respeito pelo presidente da Warner
Bros., Jack Warner. Em 1937,
Davis estrelou Marked Woman (br: Mulher Marcada) ao lado de
Humphrey Bogart. A produção foi baseada no caso real de Charles
"Lucky" Luciano, mafioso levado à justiça graças ao
testemunho de um grupo prostitutas, e rendeu a Davis novos elogios da crítica.
Em 1938,
Bette Davis interpretou um dos papéis que mais marcariam sua carreira, Julie
Marsden, em Jezebel (pt: Jezebel, a Insubmissa - br: Jezebel).
Durante as filmagens, Davis iniciou um conturbado relacionamento com o diretor William Wyler. Posteriormente, ela
admitiria que Wyler foi "o grande amor de minha vida". Pelo
filme, Bette Davis recebeu seu segundo Oscar de melhor atriz.
Jezebel
marca o início da fase de maior sucesso da carreira de Bette Davis. Ela
passaria a figurar entre as dez estrelas mais bem pagas de Hollywood e seria
indicada ao Oscar de melhor atriz por cinco anos consecutivos, um recorde nunca
igualado. Em contraste ao sucesso profissional, seu casamento com Ham Nelson
chegava ao fim. Em 1938, Nelson, munido de evidências de que
Davis estaria tendo um caso com o excêntrico milionário Howard Hughes, pede o divórcio.
No ano
seguinte, Davis estrelou quatro produções de grande sucesso. Por sua
interpretação como a herdeira fadada à morte em Dark Victory (pt: Vitória
Negra - br:Vitória Amarga), foi indicada pela terceira vez ao Oscar
de melhor atriz. Davis mais tarde diria que este era seu filme favorito entre
os que protagonizou. A atriz sentia-se particularmente orgulhosa por ter
convencido Jack Warner, que não acreditava que uma história mórbida pudesse ter
sucesso, a investir na produção. No meses seguintes, ela apareceu em The Old
Maid (pt: A Ama Velha - br: Eu Soube Amar), Juarez e The
Private Lives of Elizabeth and Essex (pt: Isabel de Inglaterra - br:
Meu Reino por um Amor). Neste último, seu primeiro filme colorido, Davis
interpretou pela primeira vez a Rainha Elizabeth I.
Década
de 1940
Nesta
época, Davis era a atriz que mais dava lucro a Warner Brothers. Em 1940
ela estreou dois filmes All This and Heaven Too (br: Tudo isso e o
céu também) que naquele momento se tornou o seu filme mais lucrativo e The
Letter (pt/br: A Carta) considerado o melhor filme do ano pelo
jornal Hollywood Reporter. Por este último trabalho, uma personagem
adúltera e assassina, Bette Davis foi novamente indicada ao Oscar. Neste mesmo
ano, ela se casaria com Arthur Farnsworth.
No ano
seguinte, Davis se tornaria a primeira mulher presidente da Academia
de Artes e Ciências Cinematográficas, mas antagonizou com membros do
comitê por suas propostas radicais. Com a eminência da guerra na Europa, Davis propôs que a cerimônia do Oscar não fosse
mais um banquete e sim em um teatro com entradas cobradas para coloborar com
fundos de ajuda aos britânicos. Com a desaprovação e resistência do comitê,
Davis renunciou ao cargo de presidente. Substituída por Jean Hersholt, ele acabou fazendo as
mudanças que ela havia proposto anteriormente.
Ainda em
1941,
Bette Davis seria dirigida por William Wyler em The Little Foxes (pt: A
raposa matreira - br: Pérfida) que lhe rendeu mais uma indicação ao
Oscar. Depois deste filme ela e o diretor jamais trabalhariam juntos novamente.
Durante a guerra
Com o
ataque japonês a Pearl Harbor,
Davis passaria o ano de 1942 viajando através dos Estados Unidos
vendendo bônus de guerra e acabou sendo criticada pelo presidente da Warner
Brothers, Jack Warner, por tentar persuadir multidões na compra.
Durante
a guerra, muitos artistas passavam o tempo apoiando os soldados estadunidenses
e arrecadando fundos. O ator John Garfield abriu um clube chamado Hollywood
Canteen no dia 3 de outubro de
1942, com apoio de Bette Davis, Cary Grant e Jule Styne (compositor de várias peças da
Broadway). O clube recebeu apoio de vários artistas e oferecia comida e
entretenimento a vários combatentes da guerra. Segundo Davis, o Hollywood
Canteen foi uma das coisas que mais ela se orgulhou de ter feito. Em 1980
recebeu uma medalha de honra do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América
por seus serviços no clube.
Ainda
no ano de 1942, filmou Now, Voyager
(pt / br: Estranha passageira). Quando foi convidada a fazer parte do
elenco, inicialmente não demonstrou muito interesse, porém o produtor Hal B.
Wallis argumentou que a audiência feminina precisava de dramas românticos para
distraí-las da realidade da vida. O filme se tornou um de seus mais conhecidos
personagens "femininos" de sua carreira.
Durante
a década de 1940,
a maioria de suas escolhas por filmes foi influenciada pela segunda guerra
mundial. Watch on the Rhine (de 1943)
era sobre o movimento anti- nazista. Thank Your
Lucky Stars (1943), um musical cuja renda foi
doada ao Hollywood Canteen.
Old
acquaintance (br:Um
velha amizade) (de 1943), co-estrelado pela atriz Miriam Hopkins, tratava
de uma história de duas velhas amigas que tinham que lidar com a tensão quando
uma delas se torna uma romancista de sucesso. Davis e Hopkins viveram um clima
de competitividade e animosidade durante o filme. Em agosto do mesmo ano, o
marido de Davis, Arthur Farnsworth, morreria.
Em 1944,
Davis filmou Mrs. Skeffington (br: Vaidosa). Durante as
filmagens, Davis causou problemas ao diretor, Vincent Sherman, recusando-se a
filmar certas cenas e insistindo que alguns cenários deveriam ser refeitos.
Também improvisou algumas falas, causando confusão entre os atores e
enfurecendo o escritor Julius Epstein. Embora tenha recebido algumas críticas
pelo seu egocentrismo, foi
novamente indicada ao Oscar.
Problemas na carreira
Ela
casou-se com o artista e pintor William Grant Sherry, em 1945.
Após o casamento, a diferença de sucesso e remuneração levou o casamento a
tensão e brigas.
Em The
Corn is Green (de 1945), Davis fez o papel de uma professora. Para o filme
Davis engordou 14 quilos e teve sua aparência mudada para parecer mais velha
(ela tinha 36 anos na época e deveria parecer que tinha 50). O filme foi bem
recebido pelos críticos mas não teve grandes audiências. A Stolen Life
(de 1946) recebeu críticas discretas. Foi
seguido por Deception (1946), o primeiro de seus filmes a perder
dinheiro.
Em 1947,
Davis deu à luz sua primeira filha, Barbara. Na época pensou que sua carreira
estava acabada por estar tão envolvida na maternidade. Seu relacionamento com Sherry
começou a se deteriorar e ela continuou a fazer filmes, mas sua popularidade
com as audiências estava em declínio. Depois de Beyond the Forest (de 1949),
Jack Warner liberou Davis de seu contrato com a Warner Bros., atendendo a seu
pedido.
O
filme seguinte, Newsweek, foi tão mal recebido pela crítica que o jornal
Los Angeles Examiner escreveu que aquilo era "uma histeria e
superexposição por Sheer", e descreveu o filme como "um
infeliz final de uma carreira brilhante".
Década
de 1950
Em 1950,
Davis filmou All About Eve (pt: Eva - br:A malvada) cujo
roteiro descreveu como o melhor que já tinha lido em sua vida. O filme foi
co-estrelado pela atriz Anne Baxter.
Durante o filme, Davis conheceu e começou um romance com ator Gary Merrill com
quem se casaria logo depois. Pelo filme, Davis foi indicada ao Oscar mas não
ganhou. Porém ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes
por este trabalho. No mesmo ano, Davis se divorciou oficialmente de William
Sherry e dias depois se casou com Gary Merrill. Com o consentimento de Sherry,
Merrill adotou Barbara. E logo após o dois adotaram uma menina chamada Margot.
Em 1952,
Davis seria novamente indicada ao Oscar por sua atuação em The Star (br:
Lágrimas amargas). No mesmo ano, Davis e Merrill adotaram mais uma
criança, um menino chamado Michael. Davis foi operada de osteomielite. Margot, sua filha adotiva,
foi diagnosticada com lesões cerebrais e foi internada em uma instituição.
Poucos
filmes de Davis na década de 1950
atingiram sucesso. Enquanto sua carreira entrava em declínio, seu casamento
arruinava-se. Davis e Merrill estavam constatemente discutindo e, em 1960,
Davis pediu o divórcio.
Década
de 1960
Em 1962,
ela atuou junto a Glenn Ford e Ann-Margret no filme de Frank Capra, A Pocketful of Miracles.
No mesmo ano atuou no
filme What Ever Happened to Baby Jane? (pt: O que teria acontecido com Baby Jane?
- br: O que terá acontecido a Baby Jane?) junto a sua rival Joan Crawford, um filme de terror dirigido por Robert Aldrich pelo qual, Davis recebeu sua
última indicação ao Oscar. O desempenho das duas atrizes foi admirável em todos
os aspectos. Em sua biografia, conta que exclamou, ao saber que não havia
levado a estatueta: "Grande! Perdi para uma principiante!" (Anne Bancroft levou o prêmio). Barbara, sua
filha, fez um pequeno papel no filme e, quando as duas foram a Cannes para promovê-lo, Barbara conheceu Jeremy Hyman,
executive da Seven Arts Productions, com quem se casaria logo depois,
aos dezesseis anos de idade, com a permissão da mãe.
No
filme de 1964, Where Love Has Gone
Davis interpretou a mãe de Susan Hayward mas
as filmagens foram problemáticas devido a discussões entre as duas atrizes. O
diretor Robert Aldrich chamou Davis para atuar em 1964 no filme Hush...
Hush, Sweet Charlotte pensando em reunir Davis e Crawford
novamente no elenco. Mas Crawford recusou alegando doença e foi substituída por
Olivia de Havilland,
de quem Davis era amiga, o que fez com que pelo menos as filmagens deste fossem
feitas em clima de paz. O filme fez um considerável sucesso e chamou atenção
por seu elenco de veteranos.
No
final da década de 1960,
Davis ainda fez The Nanny em 1965) e The Anniversary
(br: O aniversário) em 1968, ambos sem muito
sucesso.
Década
de 1970
No
começo dos anos 1970, Davis foi convidada a aparecer
no palco no Great Ladies of the American Cinema. Em cinco sucessivas
noites, uma diferente estrela de cinema discutia sua carreira e respondia
questões do público. Outras atrizes convidadas foram Myrna Loy, Rosalind Russell, Lana Turner e Joan Crawford.
Apareceu
no palco na produção Miss Moffat, uma adaptação musical de The Corn
is Green. Filmou como (coadjuvante/secundária) no filme Burnt Offerings
e no filme para televisão chamado The Disappearance of Aimee, ambos em 1976.
Mas entrou em colisão com Karen Black e Faye Dunaway, respectivamente as estrelas
das duas produções.
Em 1977,
Davis tornou-se a primeira mulher a receber do American Film
Institute (Instituto de Cinema Norte-Americano) o prêmio por sua
obra. Após o prêmio, recebeu várias propostas de trabalho. Em 1978,
atuou na minissérie para
televisão, The Dark Secret of Harvest Home e no filme Death on the
Nile (br:Morte sobre o Nilo) baseado no livro de mistério de Agatha Christie. Em 1979
ganhou o Emmy por sua atuação no filme para
televisão Strangers: The Story of a Mother and Daughter.
Década
de 1980
Seu
nome começou a ficar mais conhecido entre os mais jovens da época, após Kim Carnes fazer sucesso mundial com a
canção Bette Davis Eyes,
em 1981.
Ela
continuou aparecendo na televisão, como na minissérie Family Reunion de
1981, no qual pode contracenar com seu neto J. Ashley Hyman. Também apareceu no
filme televisivo A Piano for Mrs. Cimino de 1982, e Right of Way
de 1983, com o ator James Stewart.
Em
1983, durante as filmagens da série para televisão chamada Hotel, Davis
foi diagnosticada com câncer de mama.
Após uma mastectomia, Davis teve paralisia do lado
direito no rosto e braço e teve que fazer fisioterapia para recuperar os movimentos.
Com a saúde estável novamente, ela viajou para a Inglaterra para filmar mais um mistério de
Agatha Christie, Murder with Mirrors, em 1985.
No mesmo ano, Barbara publicou um livro intitulado My Mother's Keeper
descrevendo o difícil relacionamento que tinha com a mãe. Vários amigos de
Davis disseram que o livro não era tão fiel à realidade. Críticos de Barbara
Hyman apontaram que Davis tinha dado suporte financeiro à família de Hyman e
recentemente salvara-os de perder a casa em que viviam. Até seu ex-marido, Gary
Merrill, a defendeu das acusações da filha.
Em sua
segunda memórias publicadas em 1987,
This 'N That, Davis escreveu sobre o livro da filha. Davis já havia
publicado sua primeira memórias em 1962, The Lonely Life.
Em 1986
Davis apareceu num filme para televisão chamado As Summers Die, e no
filme para o cinema The Whales of August (br: Baleias de agosto).
Seu último filme foi Wicked Stepmother, de 1989.
Em
1989, em viagem à Espanha para ser homenageada no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián,
Davis teve problemas de saúde. Debilitada para fazer uma longa viagem de volta
aos Estados Unidos, Davis viajou até a França onde foi internada no hospital
americano de Neuilly-sur-Seine.
Ela morreu no dia 6 de outubro. Encontra-se sepultada em Forest
Lawn Memorial Park (Hollywood Hills), Los Angeles, Condado de Los
Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.[7] Em sua sepultura está escrito: She
did it the hard way.
Filmografia
- 1931 - The Bad Sister (br: A Irmã Má)
- 1931 - Seed (1931) (br: Semente)
- 1931 - Waterloo
Bridge (br: A ponte de Waterloo)
- 1931 - Way Back Home
- 1932 - The Menace
- 1932 - Hell's
House (br: A Casa Infernal)
- 1932 - The Man who Played God (br: O Homem Deus)
- 1932 - So Big!
(br: No Palco da Vida)
- 1932 - The Rich Are Always With
Us (br:
Erros do Coração)
- 1932 - The Dark Horse
- 1932 - The Cabin in the Cotton (br: Escravos da Terra)
- 1932 - Three
on a Match (br: Três Ainda é Bom)
- 1933 - 20.000 Years in Sing Sing (br: 20.000 Anos em Sing
Sing)
- 1933 - Just Around
the Corner
- 1933 - Parachute
Jumper (br: Em Plenas Nuvens)
- 1933 - The
Working Man (br:Negócio em Família)
- 1933 - Ex-Lady
(br: Amante do Seu Marido)
- 1933 - Bureau of Missing Persons (br: Os
Desaparecidos)
- 1933 - The Big Shakedown (br: Drogas Infernais)
- 1934 - Fashions
of 1934 (br: Modas de 34)
- 1934 - Jimmy
the Gent (br: Bancando o Cavalheiro)
- 1934 - Fog
Over Frisco (br: Névoa de Mistério)
- 1934 - Of Human
Bondage (1934) (br: Escravos do desejo)
- 1934 - Housewife
(br: Dona-de-Casa)
- 1935 - Bordertown
(br: A Barreira)
- 1935 - The Girl form Tenth
Avenue
(br: Quando o Amor Agarra)
- 1935 - Front Page Woman (br: Miss Repórter)
- 1935 - Special
Agent (br:Nas Garras da Lei)
- 1935 - Dangerous
(br: Perigosa)
- 1936 - The Petrified
Forest (br: A floresta petricada)
- 1936 - The Golden Arrow (br:A Flecha de Arrow)
- 1936 - Satan Met a Lady
- 1937 - Kid Galahad (br: Talhado para
campeão)
- 1937 - That Certain Woman (br: Cinzas do Passado)
- 1937 - Marked Woman (br: Mulher marcada)
- 1937 - It's Love I'm After (br: Somos do Amor)
- 1938 - Jezebel (pt: Jezebel, a insubmissa
– br: Jezebel)
- 1938 - The Sisters (br: As irmãs)
- 1939 - The
Old Maid (pt: A ama velha – br: Eu soube amar)
- 1939 - Juarez
(1939) (br:Juarez)
- 1939 - The
Private Lives of Elizabeth and Essex (pt: Isabel de
Inglaterra – br: Meu reino por um amor)
- 1939 - Dark Victory (pt: Vitória negra
– br: Vitória amarga)
- 1940 - If
I Forget You
- 1940 - All This, and Heaven Too (br: Tudo
isso e o céu também)
- 1940 - The Letter (pt / br: A carta)
- 1941 - The Little Foxes
(pt: A raposa matreira – br: Pérfida)
- 1941 - The Great Lie (br: A grande mentira)
- 1941 - The Bride Came C.O.D. (br: A Noiva Caiu do Céu)
- 1942 - The Man Who Came to
Dinner
(br: Satã Jantou Lá em Casa)
- 1942 - Now, Voyager (pt / br: Estranha
passageira)
- 1942 - In This Our Life
(br: Nascida para o mal)
- 1943 - Watch on the Rhine (br: Horas de Tormenta)
- 1943 - Old
Acquaintance (br: Um velha amizade)
- 1944 - Mr. Skeffington (br: Vaidosa)
- 1944 - The Corn Is Green
(br:O Coração Não Envelhece)
- 1946 - A
Stolen Life (br:Uma Vida Roubada)
- 1946 - Deception
(1946) (br:Que o Céu a Condene)
- 1948 - Winter
Meeting (br:Encontro no Inverno)
- 1948 - June
Bride (br:A Noiva da Primavera)
- 1949 - Beyond
the Forest (br:A Filha de Satánas)
- 1950 - All About Eve (pt: Eva – br: A
malvada)
- 1951 - Payment on Demand (br: Depois da Tormenta)
- 1951 - Another Man's Poison (br: Mulher Maldita)
- 1952 - Phone Call from a Stranger (br: Telefonema
de um estranho)
- 1952 - The Star (br: Lágrimas amargas)
- 1955 - The Virgin Queen (br: A Rainha Tirana)
- 1956 - The Catered
Affair (br: A Festa de Casamento)
- 1956 - Storm Center (br: O Despertar das
tormentas)
- 1959 - John Paul Jones (1959) (br: Ainda Não Comecei a
Lutar)
- 1959 - The
Scapegoat (br: O Estranho Caso do Conde)
- 1961 - Pocketful of
Miracles (pt: Dama Por Um Dia)
- 1962 - What Ever Happened to
Baby Jane?
(pt: O que teria
acontecido com Baby Jane? – br: O que terá acontecido a Baby Jane?)
- 1963 - La noia
(br: Vidas Vazias)
- 1964 - Dead
Ringer (br: Alguém Morreu em Meu Lugar)
- 1964 - Where Love Has
Gone (br: Escândalos da Sociedade)
- 1964 - Hush...Hush,
Sweet Charlotte (br: Com a Maldade na Alma)
- 1965 - The
Nanny (1965) (br: Nas Garras do Ódio)
- 1968 - The Anniversary (br: O aniversário)
- 1970 - Connecting
Rooms (br: Quartos Conjugados)
- 1971 - Bunny O'Hare (br: Bunnny O'Hare)
- 1972 - Madame
Sin (br: A satânica Madame Sin)
- 1972 - Lo Scopone
scientifico (br: Semeando a Ilusão)
- 1972 - The Judge and Jake Wyler (br: A
Juíza) - Filme para a TV
- 1973 - Scream,
Pretty Peggy - Filme para a TV
- 1974 - Hello Mother, Goodbye! - Filme para a TV
- 1976 - Burnt Offerings (1976) (br: A mansão macabra)
- 1978 - Return from Witch Mountain (br: Perigo
no montanha enfeitiçada)
- 1978 - Death on the Nile (pt: Morte no
Nilo – br: Morte sobre o Nilo)
- 1978 - The Children of Sanchez (br: Os
Filhos de Sanchez)
- 1979 - Strangers: The
Story of a Mother and Daughter (br: Difícil Reencontro) - Filme
para a TV
- 1980 - White
Mama (br: Mamãe Branca) - Filme para a TV
- 1980 - The Watcher in the Woods (br: Olhos na Floresta)
- 1980 - Skyward
(br: Liberdade nos Céus)
- 1981 - Family
Reunion (br: Quando Dezembro Chegar) - Filme para a TV
- 1982 - A Piano for Mrs. Cimino (br: No
Compasso da Esperança) - Filme para a TV
- 1982 - Little Gloria... Happy at Last (br: Glória
Feita de Ódio) - Filme para a TV
- 1983 - Hotel
(1983) - Filme para a TV
- 1983 - Right
of Way (br: Direito de Morrer) - Filme para a TV
- 1985 - Murder
with Mirrors (br: Assassinato Pelo Espelho) - Filme para
a TV
- 1986 - As
Summers Die (br: Num Certo Verão) - Filme para a TV
- 1987 - The Whales of
August (br: Baleias de agosto)
- 1989 - Wicked Stepmother (br: A madrasta)
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