sexta-feira, 6 de abril de 2012


CHARLES CHAPLIN



Sir Charles Spencer Chaplin, KBE, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16 de abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey, 25 de dezembro de 1977), foi um ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão. É bastante conhecido pelos seus filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade, Tempos Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.
Influenciado pelo trabalho dos antecessores - o comediante francês Max Linder, Georges Méliès, D. W. Griffith Luís e Auguste Lumière - e compartilhando o trabalho com Douglas Fairbanks e Mary Pickford, foi influenciado pela mímica, pantomima e o gênero pastelão e influenciou uma enorme equipe de comediantes e cineastas como Federico Fellini, Os Três Patetas, Peter Sellers, Milton Berle, Marcel Marceau, Jacques Tati, Rowan Atkinson, Johnny Depp, Michael Jackson, Harold Lloyd, Buster Keaton e outros diretores e comediantes. É considerado por alguns críticos o maior artista cinematográfico de todos os tempos, e um dos "pais do cinema", junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith.
Charlie Chaplin atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin fundou a United Artists em 1919.
Seu principal e mais famoso personagem foi The Tramp, conhecido como Charlot na Europa e igualmente conhecido como Carlitos ou "O Vagabundo" no Brasil. Consiste em um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode-de-broxa.
Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.
Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve: "Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam."
Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).
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Infância e juventude

Charles Spencer Chaplin, que era canhoto, nasceu no dia 16 de abril de 1889, na East Street, Walworth, Londres, Inglaterra. Seus pais eram artistas de music-hall; seu pai, Charles Spencer Chaplin Sr., era vocalista e ator, e sua mãe, Hannah Chaplin (nascida Hannah Harriet Pedlingham Hill), era cantora e atriz. Chaplin aprendeu a cantar com seus pais, os quais se separaram antes dele completar três anos de idade. Após a separação, Chaplin foi deixado aos cuidados de sua mãe, que estava cada vez mais instável emocionalmente. O censo de 1891 mostra que sua mãe morava com Charlie e seu meio-irmão mais velho Sydney na Barlow Street, Walworth.
Um problema de laringe acabou com a carreira de cantora da mãe de Chaplin. A primeira crise de Hannah ocorreu em 1894 quando ela estava cantando no "The Canteen", um teatro em Aldershot, geralmente frequentado por manifestantes e soldados. Além de ser vaiada, Hannah foi gravemente ferida pelos objetos atirados pela platéia. Nos bastidores, ela chorava e argumentava com o seu gerente. Enquanto isso, com apenas cinco anos de idade, o pequeno Chaplin subiu sozinho ao palco e cantou uma música popular da época, "Jack Jones".
O pai de Chaplin, Charles Chaplin Sr., era alcoólatra e tinha pouco contato com seu filho, apesar de Chaplin e seu meio-irmão morarem durante um curto período de tempo com seu pai e sua amante, Louise, na 287 Kennington Road, onde atualmente há uma placa em homenagem ao fato. Os meio-irmãos viviam ali, enquanto sua mãe, mentalmente doente, residia no Asilo Cane Hill em Coulsdon. A amante do pai de Chaplin enviou o menino para a Archbishop Temples Boys School. Seu pai morreu de cirrose no fígado quando Chaplin tinha doze anos, em 1901. De acordo com o censo de 1901, Chaplin residia na 94 Ferndale Road, Lambeth.
Após a mãe de Chaplin ter sido novamente admitida no Asilo Cane Hill, seu filho foi deixado em uma casa de trabalho em Lambeth, no sul de Londres, mudando-se após várias semanas para o Central London District School, uma escola para pobres em Hanwell. Os jovens irmãos Chaplin começaram um íntimo relacionamento, a fim de sobreviverem. Ainda jovens, foram atraídos para o music hall, e ambos provaram ter grande talento. A mãe de Chaplin morreu em 1928, em Hollywood, sete anos após ter sido levada para os Estados Unidos por seus filhos.

América

A primeira turnê de Chaplin aos Estados Unidos com o trupe de Fred Karno ocorreu durante 1910 até 1912. Após cinco meses de volta na Inglaterra, ele retorna aos EUA em uma segunda turnê com o trupe de Karno, chegando novamente na América em 2 de outubro de 1912. Na Companhia de Karno estava Arthur Stanley Jefferson, que posteriormente ficaria conhecido como Stan Laurel. Chaplin e Laurel dividiam um quarto em uma pensão. Stan Laurel retornou à Inglaterra, mas Chaplin manteve-se nos Estados Unidos. No final de 1913, a atuação de Chaplin foi eventualmente vista por Mack Sennett, Mabel Normand, Minta Durfee e Fatty Arbuckle. Sennett o contratou para seu estúdio, a Keystone Film Company, pois precisavam de um substituto para Ford Sterling. Inicialmente, Chaplin teve grande dificuldade em se adaptar ao estilo de atuação cinematográfica da Keystone. Após a estréia de Chaplin no cinema, no filme Making a Living, Sennett sentiu que cometera um grande erro. Muitos alegam que foi Normand quem o convenceu a dar a Chaplin uma segunda chance.
Chaplin começou a trabalhar junto com Normand, que dirigiu e escreveu vários de seus primeiros filmes. Chaplin não gostou de ser dirigido por uma mulher, e os dois discutiam frequentemente. Ele acreditava que Sennett pretendia demití-lo caso houvesse um desentendimento com Normand. No entanto, os filmes de Chaplin fizeram tanto sucesso que ele se tornou uma das maiores estrelas da Keystone.

Artista pioneiro de cinema

Foi no estúdio Keystone onde Chaplin desenvolveu seu principal e mais conhecido personagem: O Vagabundo (conhecido como Charlot na França e no mundo francófono, na Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Romênia e Turquia, Carlitos no Brasil e na Argentina, e Der Vagabund na Alemanha). O Vagabundo é um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro; aparece sempre vestindo um paletó apertado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, e um chapéu-coco; carrega uma bengala de bambu; e possui um pequeno bigode-de-broxa. O público viu o personagem pela primeira vez no segundo filme de Chaplin, Kid Auto Races at Venice, lançado em 7 de fevereiro de 1914. No entanto, ele já havia criado o visual do personagem para o filme Mabel's Strange Predicament, produzido alguns dias antes, porém lançado mais tarde, em 9 de fevereiro de 1914.
Os primeiros filmes de Chaplin no estúdio Keystone usavam a fórmula padrão de Mack Sennett, que consistia em extrema comédia pastelão e gestos exagerados. A pantomima de Chaplin foi mais sutil, sendo mais adequada para comédias românticas e farsas domésticas. As piadas visuais, no entanto, seguiam exatamente o padrão de comédia da Keystone; Em seus filmes, O Vagabundo atacava agressivamente seus inimigos com chutes e tijolos. O público da época amou este novo comediante, apesar dos críticos alertarem que as travessuras do personagem beiravam a vulgaridade. Logo depois, Chaplin se ofereceu para dirigir e editar seus próprios filmes. Durante seu primeiro ano no ramo do cinema, ele fez 34 curta-metragens para Sennett, assim como o longa-metragem Tillie's Punctured Romance.
Em 1915, Chaplin assinou um contrato muito mais favorável com a Essanay Studios, e desenvolveu suas habilidades cinematográficas, adicionando novos níveis de sentimentalismo e pathos em seus filmes. A maioria dos filmes produzidos na Essanay foram mais ambiciosos, com uma duração duas vezes maior do que os curtas da Keystone. Chaplin também desenvolveu o seu próprio elenco estático, no qual estava incluído a heroína Edna Purviance e os vilões cômicos Leo White e Bud Jamison.
Visto que grupos de imigrantes chegavam constantemente na América, os filmes mudos foram capazes de atravessar todas as barreiras de linguagem, sendo compreendidos por todos os níveis da Torre de Babel americana, simplesmente devido ao fato de serem mudos. Nesse contexto, Chaplin foi emergindo e tornando-se o exponente máximo do cinema mudo.
Em 1916, a Mutual Film Corporation pagou a Chaplin US$670.000,00 para produzir uma dúzia de comédias com duração de duas bobinas. Foi dado a ele controle artístico quase total, produzindo doze filmes durante um período de dezoito meses, notando que estes estão entre os filmes de comédia mais influentes da história do cinema. Praticamente todos os filmes de Chaplin produzidos na Mutual são clássicos: Easy Street, One A.M., The Pawnshop e The Adventurer são provavelmente os mais conhecidos. Edna Purviance continuou sendo a protagonista, e Chaplin adicionou Eric Campbell, Henry Bergman e Albert Austin ao seu elenco estático; Campbell, um veterano nas óperas de Gilbert e Sullivan, interpretou vilões soberbos, e os atores coadjuvantes Bergman e Austin permaneceram no elenco de Chaplin durante décadas. Chaplin considera o período em que esteve na Mutual como o mais feliz de sua carreira. Após a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, Chaplin tornou-se um garoto-propaganda para a venda de "bônus da liberdade" junto com Mary Pickford e seu grande amigo Douglas Fairbanks.

Controle criativo

Com o fim do contrato com a Mutual em 1917, Chaplin assinou um contrato com a First National para produzir oito filmes com duração de duas bobinas. Além de ter financiado e distribuído estes filmes, a First National deu-lhe total controle criativo sobre a produção, para que ele pudesse trabalhar em um ritmo mais relaxado e se concentrar na qualidade. Chaplin construiu seu próprio estúdio em Hollywood, o qual simbolizava a sua independência. Embora a First National esperasse receber comédias de curta-metragem, Chaplin foi mais ambicioso e expandiu alguns de seus projetos em longa-metragens, como Shoulder Arms (1918), The Pilgrim (1923) e o clássico The Kid (1921), que levou fama a Jackie Coogan, que foi condecorado até pelo papa, sendo considerado também a primeira celebridade infantil da história, e também o primeiro filme de comédia dramática.
Em 1919, Chaplin co-fundou a distribuidora United Artists junto com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, todos tentando escapar da crescente consolidação de poder dos distribuidores e financiadores de filmes durante o desenvolvimento de Hollywood. Este movimento, junto com o controle total da produção de seus filmes no seu próprio estúdio, assegurou a independência de Chaplin como cineasta. Ele trabalhou na administração da UA até o início da década de 1950. Todos os filmes de Chaplin distribuídos pela United Artists foram de longa-metragem, começando com o drama atípico A Woman of Paris (1923), em que Chaplin fez uma pequena ponta. A Woman of Paris foi seguido pelas clássicas comédias The Gold Rush (1925) e O Circo (1928).
Apesar dos filmes "falados" tornarem-se o modelo dominante logo após serem introduzidos em 1927, Chaplin resistiu a fazer um filme assim durante toda a década de 1930. Ele considerava o cinema uma arte essencialmente pantomímica.
Ele disse:
"A ação é geralmente mais entendida do que palavras. Assim como o simbolismo chinês, isto vai significar coisas diferentes de acordo com a sua conotação cênica. Ouça uma descrição de algum objeto estranho — um javali-africano, por exemplo; depois olhe para uma foto do animal e veja como você fica surpreso".
Durante o avanço dos filmes sonoros, Chaplin produziu Luzes da Cidade (1931) e Tempos Modernos antes de se converter ao cinema "falado". Esses filmes foram essencialmente mudos, porém possuiam música sincronizada e efeitos sonoros. Indiscutivelmente, Luzes da Cidade contém o mais perfeito equilíbrio entre comédia e sentimentalismo. Em relação à última cena, o crítico James Agee escreveu na revista Life em 1949 que foi a "melhor atuação já registrada em celulóide". Apesar de Tempos Modernos ser um filme mudo, ele contém falas — geralmente provenientes de objetos inanimados, como rádios ou monitores de TV. Isto foi feito para ajudar o público da década de 1930, que já estava fora do hábito de assistir a filmes mudos. Além disso, Tempos Modernos foi o primeiro filme em que a voz de Chaplin é ouvida (no final do filme, a canção "Smile", composta e cantada pelo próprio Chaplin num dueto com Paulette Goddard). No entanto, para a maioria dos espectadores, este ainda é considerado um filme mudo — e o fim de uma era.
O primeiro filme falado de Chaplin, O Grande Ditador (1940), foi um ato de rebeldia contra o ditador alemão Adolf Hitler e o nazismo, e foi lançado nos Estados Unidos um ano antes do país abandonar sua política de neutralidade e entrar na Segunda Guerra Mundial. Chaplin interpretou o papel de Adenoid Hynkel, ditador da "Tomânia", claramente baseado em Hitler e, atuando em um papel duplo, também interpretou um barbeiro judeu perseguido frequentemente por nazistas, o qual é fisicamente semelhante a'O Vagabundo. O filme também contou com a participação do comediante Jack Oakie no papel de Benzino Napaloni, ditador da "Bactéria", uma sátira do ditador italiano Benito Mussolini e do fascismo; e de Paulette Goddard, no papel de uma mulher no gueto. O filme foi visto como um ato de coragem no ambiente político da época, tanto pela sua ridicularização do nazismo quanto pela representação de personagens judeus ostensivos e de sua perseguição. Adicionalmente, O Grande Ditador foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator (Chaplin), Melhor Ator Coadjuvante (Oakie), Melhor Trilha Sonora (Meredith Willson) e Melhor Roteiro Original (Chaplin).

Técnicas de filmagem

Chaplin nunca explicou detalhadamente seus métodos de filmagem, alegando que tal coisa seria o mesmo que um mágico revelar seus truques. Na verdade, antes dele produzir filmes falados, começando com O Grande Ditador em 1940, Chaplin nunca começou a filmar a partir de um roteiro completo. O método que ele desenvolveu, visto que seu contrato com o Essanay Studios deu-lhe a liberdade de roteirizar e dirigir seus filmes, foi a partir de uma vaga premissa - por exemplo, "Carlitos entra em um spa" ou "Carlitos trabalha em uma loja de penhores". Chaplin tinha cenários já construídos e trabalhava com seu elenco estático para improvisar piadas em torno das premissas, quase sempre pondo as ideias em prática na hora das filmagens. Enquanto algumas ideias eram aceitas e outras rejeitadas, uma estrutura narrativa começava a emergir, muitas vezes exigindo que Chaplin refilmasse uma cena já concluída que poderia ir contra o enredo.
Esta é uma razão pela qual Chaplin levou muito mais tempo para concluir seus filmes do que seus rivais. Além disso, Chaplin era um diretor extremamente exigente, mostrando a seus atores exatamente como eles deveriam atuar e filmando dezenas de tomadas até conseguir a cena que ele queria. O animador Chuck Jones, que morava perto do estúdio de Chaplin quando era garoto, lembra de seu pai dizendo que viu Chaplin filmar uma cena mais de cem vezes até ficar satisfeito. Esta combinação de improvisação do enredo e perfeccionismo—que resultou em vários dias de esforço e milhares de metros de filme desperdiçados, tudo a um enorme custo—quase sempre revelou-se muito oneroso para Chaplin, que muitas vezes descarregava sua raiva e frustração em seus atores e sua equipe, mantendo-os esperando parados durante horas ou, em casos extremos, cancelando completamente a produção. As técnicas de Chaplin foram descobertas somente após sua morte, quando as raras tomadas de pré-produção e cenas cortadas de seus filmes foram cuidadosamente analisadas no documentário britânico Unknown Chaplin, de 1983.
Versatilidade
Chaplin ficou conhecido por sua versatilidade nas artes, sendo que em Luzes da Ribalta, foi diretor, produtor, financiador, roteirista, músico, cinematógrafo, regente de orquestra e ator.
Alguns temas musicais de seus filmes como os de O Garoto, Luzes da Cidade, Tempos Modernos e Luzes da Ribalta são inesquecíveis. Ele era ator, músico, cineasta, produtor, empresário, escritor, poeta, dançarino, coreógrafo, humorista, mímico e regente de orquestra.

Era McCarthy

O posicionamento político de Chaplin sempre foi esquerdista. Durante a era de macarthismo, Chaplin foi acusado de "atividades anti-americanas" como um suposto comunista, e J. Edgar Hoover, que instruíra o FBI a manter extensos arquivos secretos sobre ele, tentou acabar com sua residência nos EUA. A pressão do FBI sobre Chaplin cresceu após sua campanha para uma segunda frente europeia na Segunda Guerra Mundial em 1942, e alcançou um nível crítico no final da década de 1940, quando ele lançou o filme de humor negro Monsieur Verdoux (1947), considerado uma crítica ao capitalismo. O filme foi mal recebido e boicotado em várias cidades dos EUA, obtendo, no entanto, um êxito maior na Europa, especialmente na França. Naquela época, o Congresso ameaçou chamá-lo para um interrogatório público. Isso nunca foi feito, provavelmente devido à possibilidade de Chaplin satirizar os investigadores. Por seu posicionamento político, Chaplin foi incluído na Lista Negra de Hollywood.
Em 1952, Chaplin deixou os EUA para o que orginalmente pretendia ser uma breve viagem ao Reino Unido para a estréia do filme Luzes da Ribalta em Londres. Hoover soube da viagem e negociou com o Serviço de Imigração para revogar o visto de Chaplin, exilando-o do país. Chaplin decidiu não voltar a entrar nos Estados Unidos, escrevendo:
"(...) Desde o fim da última guerra mundial, eu tenho sido alvo de mentiras e propagandas por poderosos grupos reacionários que, por sua influência e com a ajuda da imprensa marrom, criaram um ambiente doentio no qual indivíduos de mente liberal possam ser apontados e perseguidos. Nestas condições, acho que é praticamente impossível continuar meu trabalho do ramo do cinema e, portanto, me desfiz de minha residência nos Estados Unidos".
Chaplin decidiu então permanecer na Europa, escolhendo morar em Vevey, Suíça.

Últimos trabalhos

Os últimos dois filmes de Chaplin foram produzidos em Londres: A King in New York (1957) no qual ele atuou, escreveu, dirigiu e produziu; e A Countess from Hong Kong (1967), que ele dirigiu, produziu e escreveu. O último filme foi estrelado por Sophia Loren e Marlon Brando, e Chaplin fez uma pequena ponta no papel de mordomo, sendo esta a sua última aparição nas telas. Ele também compôs a trilha sonora de ambos os filmes, assim como a canção-tema de A Countess from Hong Kong, "This is My Song", cantada por Petula Clark, chegando a ser a canção mais popular do Reino Unido na época do lançamento do filme. Chaplin também produziu The Chaplin Revue, uma compilação de três filmes feitos durante seu período de parceria com a First National: A Dog's Life (1918), Shoulder Arms (1918) e The Pilgrim (1923), para os quais ele compôs a trilha sonora e gravou uma narração introdutória. Adicionalmente, Chaplin escreveu sua autobiografia entre 1959 e 1963, intitulada Minha Vida, sendo publicada em 1964. Chaplin planejara um filme intitulado The Freak, que seria estrelado por sua filha, Victoria, no papel de um anjo. Segundo Chaplin, ele havia concluído o roteiro em 1969 e foram feitos alguns ensaios de pré-produção, mas foram interrompidos quando Victoria se casou. Além disso, sua saúde declinou constantemente na década de 1970, prejudicando todas as esperanças do filme ser produzido.
De 1969 até 1976, juntamente com James Eric, Chaplin compôs músicas originais para seus filmes mudos e depois os relançou. Compôs a música de seus outros curta-metragens da First National: The Idle Class em 1971, Pay Day em 1972, A Day's Pleasure em 1973, Sunnyside em 1974, e dos longa-metragens The Circus em 1969 e The Kid em 1971. O último trabalho de Chaplin foi a trilha sonora para o filme A Woman of Paris (1923), concluída em 1976, época em que Chaplin estava extremamente frágil, encontrando até mesmo dificuldades de comunicação.

Oscars

m 1972, Chaplin ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora pelo filme Luzes da Ribalta, de 1952, que também foi um grande sucesso. O filme foi co-estrelado por Claire Bloom e também conta com a participação de Buster Keaton, sendo esta a única vez em que os dois grandes comediantes apareceram juntos. Devido as perseguições políticas contra Chaplin, o filme não chegou a ser exibido durante uma única semana em Los Angeles quando foi originalmente lançado. Este critério de nomeação era desconsiderado até 1972.
Chaplin também foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator em O Grande Ditador em 1940, e novamente por Melhor Roteiro Original em Monsieur Verdoux em 1948. Durante seus anos ativos como cineasta, Chaplin expressava desprezo pelos Oscars; seu filho descreve que ele provocou a ira da Academia ao deixar seu Oscar de 1929 ao lado da porta, para não deixá-la bater. Isto talvez explique porque Luzes da Cidade e Tempos Modernos, considerados por várias enquetes como dois dos melhores filmes de todos os tempos, nunca foram indicados a um único Oscar.

Prêmios honorários

Na 1ª Entrega dos Prêmios da Academia em 16 de maio de 1929, os procedimentos de votação da auditoria ainda não tinham sido postos em prática, e as categorias eram ainda muito fluidas. Chaplin havia sido originalmente indicado ao Oscar de Melhor Ator e de Melhor Diretor de um Filme de Comédia pelo seu filme O Circo, mas seu nome foi retirado quando a Academia decidiu dar-lhe um prêmio especial "pela versatilidade e genialidade em atuar, escrever, dirigir e produzir O Circo". O outro filme que recebeu um prêmio especial naquele ano foi The Jazz Singer.
O segundo Oscar Honorário de Chaplin veio quarenta e quatro anos mais tarde, em 1972, e foi pelo "efeito incalculável que ele teve em tornar os filmes a forma de arte deste século". Ele saiu de seu exílio para receber esse prêmio, e recebeu a mais longa ovação em pé da história do Oscar, com uma duração total de dez minutos. Chaplin também aproveitou seu breve e triunfante retorno aos Estados Unidos para discutir como seus filmes seriam relançados e comercializados.

Relacionamentos amorosos e casamentos

Em 23 de outubro de 1918, Chaplin casou-se aos 28 anos de idade com Mildred Harris, que tinha então 16 anos. Tiveram um filho nascido deformado, que morreu três dias após o nascimento. Divorciaram-se em 1920 por conta de tudo que sofreram pelo filho.
Mais tarde, Chaplin namorou por anos Peggy Hopkins Joyce. O relacionamento que teve com Joyce inspirou Chaplin a fazer o filme Uma mulher de Paris.
Aos 35 e sozinho, apaixonou-se por Lita Grey, que tinha apenas 16 anos, durante as preparações de The Gold Rush. Mesmo ela sendo muito jovem, casaram-se em 26 de Novembro de 1924, no México, quando ela ficou grávida. Tiveram dois filhos, Charles Chaplin Júnior e Sydney. Divorciaram-se em 1926, por causa de brigas. Nessa época a fortuna de Chaplin chegou a incríveis US$ 825 000.
Passado os anos, Chaplin casou-se secretamente aos 47 anos com Paulette Goddard, de 25 anos, em Junho de 1936. Depois de alguns anos felizes, este casamento também terminou em divórcio, em 1942, devido a problemas conjugais.
Após a separação, Chaplin namorou Joan Barry, atriz de 22 anos. Esta relação durou anos e terminou quando Barry começou a perturbá-lo, pois ele não a quis mais e ela constantemente perseguia-o com ciúmes. Em Maio de 1943, ela informou a Chaplin que estava grávida e exigiu que ele assumisse a paternidade. Ele tinha certeza que não era o pai, pois ela teve outros homens durante a separação. Então, exames comprovaram que Chaplin não era o pai, porém na época, os exames não eram muito válidos e a lei exigia que, por ele ter sido o último parceiro com quem ela apareceu em público, a lei entendia que mesmo ele não sendo o pai biológico, ele teria que assumir a criança, mesmo sem ser no cartório, e ele foi obrigado a custear as despesas da criança e ele se viu forçado a pagar US$ 75 por semana até que o filho de sua ex fizesse 21 anos.
Tempos depois, conheceu Oona O'Neill, filha do dramaturgo Eugene O'Neill. Se apaixonaram rapidamente e casaram-se em 16 de Junho de 1943. Ele tinha 54 anos enquanto ela somente 17, mas a enorme diferença de idade não diferenciou em nada. Este casamento foi longo e feliz. Oona, mesmo sendo ainda muito jovem, deu oito filhos a Charlie, o que o deixou em completa felicidade. O amor era tão grande que Charlie ficou com ela até sua morte, e Oona cuidou dele no fim de sua vida.

 Filhos

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Nome

Nascimento

Morte

Mãe

Norman Spencer Chaplin

7 de julho de 1919

10 de julho de 1919

Mildred Harris

Charles Spencer Chaplin Jr.

5 de maio de 1925

20 de março de 1968

Lita Grey

Sydney Earle Chaplin

31 de março de 1926

3 de março de 2009

Geraldine Leigh Chaplin

1° de agosto de 1944

Oona O'Neill

Michael John Chaplin

7 de março de 1946

Josephine Hannah Chaplin

28 de março de 1949

Victoria Chaplin

19 de maio de 1951

Eugene Anthony Chaplin

23 de agosto de 1953

Jane Cecil Chaplin

23 de maio de 1957

Annette Emily Chaplin

3 de dezembro de 1959

Christopher James Chaplin

6 de julho de 1962

Cavalaria

Chaplin foi incluído na Lista de Honras do Ano Novo em 1975. No dia 4 de março, com oitenta e cinco anos de idade, foi nomeado Cavaleiro Comandante do Império Britânico (KBE) pela Rainha Elizabeth II. A honra foi proposta originalmente em 1931, mas não foi realizada devido à controvérsia de Chaplin não ter servido na Primeira Guerra Mundial. O título de cavaleiro foi proposto novamente em 1956, mas foi vetado pelo então governo conservador com receio de prejudicar sua relação com os Estados Unidos no auge da Guerra Fria e na invasão de Suez planejada para aquele ano.

Morte

A saúde de Chaplin começou a declinar lentamente no final da década de 1960, após a conclusão do filme A Countess from Hong Kong, e mais rapidamente após receber seu Oscar Honorário em 1972. Por volta de 1977, já tinha dificuldade para falar, e começou a usar uma cadeira de rodas. Chaplin morreu dormindo aos 88 anos de idade em consequência de um derrame cerebral, no Dia de Natal de 1977 em Corsier-sur-Vevey, Vaud, Suíça, e foi enterrado no cemitério comunal.
No dia 1 de março de 1978, seu cadáver foi roubado da sepultura por um pequeno grupo de mecânicos suíços, na tentativa de extorquir dinheiro de sua família. O plano falhou, os ladrões foram capturados e condenados, o corpo foi recuperado onze semanas depois, perto do Lago Léman, e novamente enterrado em Corsier-sur-Vevey, mas desta vez a família mandou fazer um tampão de concreto de 6 pés (1,80 metro) de espessura protegendo o caixão do cineasta, para evitar novos problemas. No mesmo cemitério, há uma estátua de Chaplin em sua homenagem.
Em 1991, Oona O'Neill, sua quarta e última esposa, faleceu e foi sepultada ao lado do cineasta.

Filmografia:



Keystone


Chaplin fez 35 filmes na Keystone Studios, todos produzidos por Mack Sennett. Exceto o que há escrito nas notas, todos os filmes são de um rolo.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
2 de Fevereiro de 1914
Making a Living




Slicker
7 de Fevereiro de 1914
Kid Auto Races at Venice




Vagabundo
Lançado junto com o filme Olives and Trees.
9 de Fevereiro de 1914
Mabel's Strange Predicament




Vagabundo
28 de Fevereiro de 1914
Between Showers




Masher
2 de Março de 1914
A Film Johnnie




Vagabundo
9 de Março de 1914
Tango Tangles




Dançarino
16 de Março de 1914
His Favourite Pastime




Bêbado
26 de Março de 1914
Cruel, Cruel Love




Lorde Helpus
4 de Abril de 1914
The Star Boarder




O Star boarder
18 de Abril de 1914
Mabel at the Wheel




Vilão
Dois rolos.
20 de Abril de 1914
Twenty Minutes of Love


Sim
Sim
Pickpocket
27 de Abril de 1914
Caught in a Cabaret


Sim
Sim
Garçom
Dois rolos.
Co-roteirista: Mabel Normand.
4 de Maio de 1914
Caught in the Rain


Sim
Sim
Convidado
7 de Maio de 1914
A Busy Day


Sim
Sim
Esposa
Lançado junto com o curta, The Morning Papers.
1 de Junho de 1914
The Fatal Mallet




Galã
4 de Junho de 1914
Her Friend the Bandit



Sim
Bandido
Filme perdido.[9]
Co-diretor: Mabel Normand.
11 de Junho de 1914
The Knockout




Juíz
Dois rolos.
13 de Junho de 1914
Mabel's Busy Day




Bêbado
20 de Junho de 1914
Mabel's Married Life


Sim
Sim
Marido de Mabel
Co-roteirista: Mabel Normand.
9 de Julho de 1914
Laughing Gas


Sim
Sim
Assistante do Dentista
1 de Agosto de 1914
The Property Man


Sim
Sim
The Property Man
Dois rolos.
10 de Agosto de 1914
The Face on the Bar Room Floor


Sim
Sim
Artista
Baseado no poema The Face on the Barroom Floor de Hugh Antoine d'Arcy.
13 de Agosto de 1914
Recreation


Sim
Sim
Vagabundo
Lançado junto com o curta, The Yosemite.
27 de Agosto de 1914
The Masquerader


Sim
Sim
Ator
31 de Agosto de 1914
His New Profession


Sim
Sim
Charlie
7 de Setembro de 1914
The Rounders


Sim
Sim
Vagabundo
14 de Setembro de 1914
The New Janitor


Sim
Sim
Empregado
10 de Outubro de 1914
Those Love Pangs


Sim
Sim
Vagabundo
26 de Outubro de 1914
Dough and Dynamite


Sim
Sim
Garçom
Dois rolos.
Co-roteirista: Mack Sennett.
29 de Outubro de 1914
Gentlemen of Nerve


Sim
Sim
Sr. Woe-Woe
7 de Novembro de 1914
His Musical Career


Sim
Sim
Carregador de piano
9 de Novembro de 1914
His Trysting Place


Sim
Sim
Marido
Dois rolos.
14 de Novembro de 1914
Tillie's Punctured Romance




Charlie
Seis rolos.
Da peça, Tille's Nightmare, de A. Baldwin Sloane e Edgar Smith.
5 de Dezembro de 1914
Getting Acquainted


Sim
Sim
Marido
7 de Dezembro de 1914
His Prehistoric Past


Sim
Sim
Weakchin
Dois rolos.


Essanay

Chaplin escreveu, dirigiu e estrelou 15 filmes na Essanay, todos tendo sido produzidos por Jesse T. Robbins. Exceto que estão escritos nas notas, todos os filmes são de dois rolos.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
1 de Fevereiro de 1915
His New Job


Sim
Sim
Dublê
15 de Fevereiro de 1915
A Night Out


Sim
Sim
Farreador
11 de Abril de 1915
The Champion


Sim
Sim
Aspirante a Boxeador
18 de Novembro de 1915
In the Park


Sim
Sim
Charlie
Um rolo.
1 de Abril de 1915
A Jitney Elopement


Sim
Sim
O Falso Conde
11 de Abril de 1915
The Tramp


Sim
Sim
Vagabundo
29 de Abril de 1915
By the Sea


Sim
Sim
Cidadão
Um rolo.
21 de Junho de 1915
Work


Sim
Sim
Assistente
12 de Julho de 1915
A Woman


Sim
Sim
Charlie/ "A Mulher"
9 de Agosto de 1915
The Bank


Sim
Sim
Empregado
4 de Outubro de 1915
Shanghaied


Sim
Sim
Charlie
20 de Novembro de 1915
A Night in the Show


Sim
Sim
Sr. Pest e Sr. Rowdy
18 de Dezembro de 1915
Burlesque on Carmen


Sim
Sim
Darn Hosiery
Relançado sem autorização em 22 de Abril de 1916, combinando outras cenas por Leo White.
27 de Maio de 1916
Police


Sim
Sim
Ex-Detento
11 de Agosto de 1918
Triple Trouble


Sim
Sim
Empregado
Coletânea feita por Leo White com cenas do curta Police e de um curta incompleto chamadoLife, junto com outras cenas gravadas por White. Chaplin inclui essa produção em sua filmografia no livro My Autobiography.


Mutual

Chaplin escreveu, produziu, dirigiu e estrelou 12 filmes na Mutual, o que passaram a serem filmados no Lone Star. Todos os filmes são de dois rolos.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
15 de Maio de 1916
The Floorwalker

Sim
Sim
Sim
Cliente
Co-roteirista: Vincent Bryan.
12 de Junho de 1916
The Fireman

Sim
Sim
Sim
Bombeiro
Co-roteirista: Vincent Bryan.
10 de Julho de 1916
The Vagabond

Sim
Sim
Sim
Músico
Co-roteirista: Vincent Bryan.
7 de Agosto de 1916
One A.M.

Sim
Sim
Sim
Bêbado
4 de Setembro de 1916
The Count

Sim
Sim
Sim
Aprendiz de Alfaiate
2 de Outubro de 1916
The Pawnshop

Sim
Sim
Sim
Assistente
13 de Novembro de 1916
Behind the Screen

Sim
Sim
Sim
Assistente
4 de Dezembro de 1916
The Rink

Sim
Sim
Sim
Garçom e patinador
22 de Janeiro de 1917
Easy Street

Sim
Sim
Sim
Vagabundo recrutado a Força Policial
16 de Abril de 1917
The Cure

Sim
Sim
Sim
Moço bêbado no Spa
17 de Junho de 1917
The Immigrant

Sim
Sim
Sim
Imigrante
Incluído na Biblioteca do Congresso em 1998.
22 de Outubro de 1917
The Adventurer

Sim
Sim
Sim
Foragido


First National

Chaplin escreveu, produziu, dirigiu e estrelou nove filmes da produtora entre 1918 e 1923. Esses filmes foram distribuídos pela First National.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
14 de Abril de 1918
A Dog's Life
Sim
Sim
Sim
Sim
Vagabundo
Três rolos.
Trilha sonora feita para a coletânea, The Chaplin Revue.
29 de Setembro de 1918
The Bond

Sim
Sim
Sim
Ele mesmo
Meio-rolo.
20 de Outubro de 1918
Shoulder Arms
Sim
Sim
Sim
Sim
Recruta
Três rolos.
Trilha sonora feita para a coletânea, The Chaplin Revue.
15 de Maio de 1919
Sunnyside

Sim
Sim
Sim
Ajudante
Três rolos.
15 de Dezembro de 1919
A Day's Pleasure

Sim
Sim
Sim
Pai
Dois rolos.
6 de Fevereiro de 1921
The Kid
Sim
Sim
Sim
Sim
Vagabundo
Seis rolos.
Trilha sonora feita para o seu relançamento em 1972.
25 de Setembro de 1921
The Idle Class

Sim
Sim
Sim
Vagabundo/ Marido
Dois rolos.
2 de Abril de 1922
Pay Day

Sim
Sim
Sim
Operário
Dois rolos.
26 de Fevereiro de 1923
The Pilgrim
Sim
Sim
Sim
Sim
Foragido
Quatro rolos.
Trilha sonora feita para a coletânea, The Chaplin Revue.


United Artists

Chaplin começou a lançar seus filmes através da United Artists em 1923. A partir daí, todos os filmes são de longas-metragens. Ele produziu, escreveu, dirigiu e estrelou todos os filmes, exceto o primeiro. City Lights foi o primeiro filme em que Chaplin compôs trilha sonora.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
26 de Setembro de 1923
A Woman of Paris
Sim
Sim
Sim
Sim
Carregador
Trilha sonora feita para o seu relançamento em 1976.
Chaplin faz uma participação especial.
26 de Junho de 1925
The Gold Rush
Sim
Sim
Sim
Sim
Garimpeiro solitário
Trilha sonora feita para o seu relançamento em 1942.
Incluído na Biblioteca do Congresso em 1992
6 de Janeiro de 1928
The Circus
Sim
Sim
Sim
Sim
Vagabundo
Trilha sonora feita para o seu relançamento em 1970.
Oscar Honorário (por escrever, produzir, dirigir e atuar neste filme).
6 de Fevereiro de 1931
City Lights
Sim
Sim
Sim
Sim
Vagabundo
Incluído na Biblioteca do Congresso em 1991.
5 de Fevereiro de 1936
Modern Times
Sim
Sim
Sim
Sim
Operário
Incluído na Biblioteca do Congresso em 1989.
15 de Outubro de 1940
The Great Dictator
Sim
Sim
Sim
Sim
Adenoid Hynkel/ Barbeiro
Incluído na Biblioteca do Congresso em 1997.
Indicado – Academy Award de Melhor Ator.
Indicado – Academy Award de Melhor Roteiro Original.
11 de Abril de 1947
Monsieur Verdoux
Sim
Sim
Sim
Sim
Monsieur Henri Verdoux
Baseado em uma idéia de Orson Welles.
Indicado – Academy Award de Melhor Roteiro Original.
16 de Outubro de 1952
Limelight
Sim
Sim
Sim
Sim
Calvero
Boicotado nos EUA um pouco depois de Chaplin ter seu visto anulado em voltar para lá quando ia a Londres lançar o filme.
Academy Award de Melhor Trilha Sonora(premiado em 1973 quando o filme chegou a ser lançado nos EUA em 1972).


British Productions

Em 1952, enquanto Chaplin tinha ido a Londres estreiar Limelight, ele viu seu visto para voltar aos EUA anulado. Durante seu exílio, ele somente realizou dois filmes que foram feitos na Inglaterra.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
12 de Setembro de 1957
A King in New York
Sim
Sim
Sim
Sim
Rei Shahdov
Uma produção Attica-Archway.
Não foi lançado nos EUA até 1973.
5 de Janeiro de 1967
A Countess from Hong Kong
Sim

Sim
Sim
Comissário de bordo
Uma produção da Universal em Panavision eTechnicolor.
Produzido por Jerome Epstein.
Chaplin faz uma participação especial.


Outros filmes

Além de seus 81 filmes, Chaplin também tem inúmeros filmes inacabados. Nesses, ele fez inúmeras aparições como ele mesmo e apareceu em muitas compilações.


Filmes inacabados ou não lançados

Ano(s)
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
1915–1916
Life

Sim
Sim
Sim

Incompleto, exceto que algumas cenas foram usadas em The Essanay-Chaplin Revue.
1918
How to Make Movies

Sim
Sim
Sim
Ele mesmo
Nunca foi lançado, exceto que algumas cenas foram usadas em The Chaplin Revue.
Re-utilizado em 1981 por Kevin Brownlow e David Gill
(sem título)

Sim
Sim
Sim
Ele mesmo
Um filme beficente co-estrelando Harry Lauder.
1919
The Professor

Sim
Sim
Sim
Professor Bosco
Foi gravado somente a primeira cena e por razões desconhecidas, Chaplin abandonou o projeto e nunca chegou lançar o filme.
1922
Nice and Friendly

Sim
Sim
Sim
Vilão
Curta caseiro com cenas improvisadas.
1926
A Woman of the Sea

Sim



Foi completado mas nunca lançado.
Chaplin queimou os negativos em 24 de Junho de 1933.
1933
All at Sea




Ele mesmo
Curta caseiro de 11 minutos feito por Alistair Cooke, com presenças de Chaplin, Paulette Goddard e do próprio Cooke. Foi gravado quando todos estavam dentro do Panacea, barco de Chaplin.
1966–1975
The Freak


Sim


Uma produção que foi feita para a filha de Chaplin, Victoria.


Coletâneas

Essanay produziu três coletâneas de Chaplin sem a sua própria autorização (depois ele tinha comprado os direitos). Chaplin somente produziu a sua própria coletânea em 1959 e posteriormente em 1975.
Lançamento
Título
Creditado como
Notas
Compositor
Produtor
Roteirista
Diretor
Personagem
31 de Março de 1915
Introducing Charlie Chaplin





Propaganda feita para mostrar como um prólogo os filmes de Chaplin.
23 de Setembro de 1916
The Essanay-Chaplin Revue


Sim
Sim
Ex-detento
Feita por Leo White com cenas de Police e Lifecom novas cenas dirigidas por White.
Feita sem autorização de Chaplin.
1916
Zepped





Um propaganda de sete minutos que foi descoberta em 2009.
Maio de 1918
Chase Me Charlie


Sim
Sim

Montagem da Essanay, feita por Langford Reed.
Lançado na Inglaterra.
Feita sem autorização de Chaplin.
25 de Setembro de 1959
The Chaplin Revue
Sim
Sim
Sim
Sim
Vagabundo/ Recruta/ Foragido/ Ele mesmo
Cenas de A Dog's Life, Shoulder Arms, The Pilgrim, e How to Make Movies.
1975
The Gentleman Tramp





Um documentário com novas cenas de Chaplin em sua casa na Suíça.


Participações especiais

Além de seus próprios filmes como A Woman of Paris e A Countess from Hong Kong, Chaplin também fez algumas pontas nos filmes a seguir:
Ano
Título
Notas
1915
His Regeneration
1921
The Nut
A cena em que Chaplin realmente aparece se perdeu com o tempo, mas ainda existe uma cena em que aparece um ator desconhecido vestido como The Tramp.
1923
Souls for Sale
Hollywood
Filme perdido.
1926
Camille
Chaplin aparece em algumas cenas do filme como um moço chamado Mike, e inclusive, faz uma amostra da "dança dos pãezinhos", em que ele como o Vagabundo fez no filme The Gold Rush.
1928
Show People
Incluído na Biblioteca do Congresso em 2003.


Filmes oficiais

Em 1965, Chaplin detalhou sua filmografia oficial em seu livro, My Autobiography. Sua filmografia consiste em 80 filmes lançados desde 1914, mas no livro de David Robinson de 1985, Chaplin: His Life and Art, está incluído o seu último filme, A Countess from Hong Kong de 1967, como o 81º.
A maioria dos filmes de Chaplin, até precisamente The Circus, são filmes mudos, mesmo que anos depois foram remasterizados e compostos por trilha sonora feita pelo próprio. City Lights e Modern Times são praticamente classificados como filmes mudos, mas City Lights foi oficialmente o último. Em Modern Times, há cenas de diálogos, aliás que Chaplin "fez seu personagem falar" em inúmeros ensaios, mas deixou passar. Seus últimos cinco filmes são completamente falados. Tirando A Countess from Hong Kong, todos os seus filmes são em preto e branco.
Exceto o que tem de referência, os lançamentos, personagens, e anotações apresentadas aqui, são derivados da autobiografia de Chaplin, escrita por Robinson, e do livro The Films of Charlie Chaplin, de 1965 escrito por Gerald D. McDonald, Michael Conway e Mark Ricci.








Filmografia de Chaplin (longas-metragens principais)



O idílio desfeito -1914
Os clássicos vadios - 1921
O garoto - 1921
Casamento ou luxo? - 1923
Em busca do ouro - 1925
O circo - 1928
Luzes da cidade - 1931
Tempos modernos - 1936
O grande ditador -1941
Monsieur Verdoux - 1947
Luzes da ribalta - 1952
Um rei em Nova York - 1957
A condessa de Hong Kong -1967


Imagens:












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