domingo, 4 de março de 2012


CARMEN MIRANDA

Seu nome de batismo é Maria do Carmo Miranda da Cunha. Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, ganhava a vida como barbeiro, e sua mãe, Maria Emília Miranda da Cunha, ajudava nos afazeres domésticos.
Carmen teve cinco irmãos: Olinda (1907), que também nasceu em Portugal, Mário (1911), Cecília (1913), Aurora (1915) e Oscar (1916), que nasceram e foram criados no Rio de Janeiro. A família se mudou para o Brasil quando Carmen tinha apenas 10 meses de idade.
Com sete anos de idade, Carmen foi matriculada no colégio Santa Teresa, na Lapa, fundado para atender as crianças pobres das redondezas. Quando tinha 14 anos, sua irmã Olinda pegou tuberculose e como os gastos com o tratamento eram muito altos, começou a trabalhar em uma loja de gravatas para ajudar nas despesas.
Depois desse emprego, ela foi trabalhar em uma loja de moda, La Femme Chic, onde aprendeu a modelar chapéus. Em pouco tempo, passou a trabalhar por conta própria e o negócio chegou a ser tão lucrativo que seu irmão Mário largou o emprego para se dedicar à entrega dos chapéus que Carmen fazia.
A artista:
Em 1926, com 17 anos, já pensava em fazer cinema e se apresentava em festas em casas de família, além de participar como figurante em algumas filmagens.
Em 1928, o deputado baiano Aníbal Duarte, que almoçava na pensão dirigida por Maria Emília Miranda, apresentou Carmen a Josué de Barros. Josué trabalhava na Rádio Sociedade Professor Roquete Pinto e levou Carmen para atuar na emissora. Ele queria ouvir sua voz em disco, então a apresentou ao diretor da Brunswick, e em 1929, ela gravou sua primeira música: Não vá simbora, com autoria de Josué.
Carmen foi então apresentada ao diretor da gravadora RCA Victor, onde ela iniciou sua carreira gravando Dona Balbina e Triste Jandaia. Meses depois foram lançadas as musicas Barucuntum e Iaiá Ioiô.
O famoso compositor e médico Joubert de Carvalho escutou em disco Carmen cantar a música Triste Jandaia enquanto passava pela Rua Gonçalves Dias, ponto de encontro de músicos e compositores, e insistiu que alguém o apresentasse à cantora. Coincidentemente, Carmen apareceu por lá naquela hora. Feitas as apresentações, Joubert revelou que queria escrever algo especial para ela. Ele compôs a música ‘Taí’ com a marcha-canção ‘Pra Você Gostar de Mim’. A música foi um sucesso e o disco vendeu 35 mil cópias no ano de lançamento, recorde para a época, e o famoso guaraná Taí recebeu esse nome por causa da canção.
No dia 1º de agosto de 1930, Carmen Miranda assinou contrato com a RCA Victor por dois anos, com todos os direitos exclusivos, até mesmo o uso de sua imagem na propaganda e divulgação de discos. No dia 13 de setembro do mesmo ano, Carmen estreou na peça Vai Dar o Que Falar. A peça recebeu duras críticas dos jornais do dia seguinte, poupando apenas a performance de Carmen e do ator Raul Veroni.
Em 1932, Carmen estreou em seu primeiro filme ‘O Carnaval Cantado no Rio’. Em agosto de 1933, a cantora assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga, e foi nessa época que ela recebeu o apelido de “A Pequena Notável”.
Entre fevereiro e julho de 1935, Carmen estava nas telas com dois novos filmes: ‘Alô alô Brasil!’, junto com sua irmã Aurora, e ‘Estudantes’. Neste último filme, a cantora marcou sua estréia como atriz, pois suas aparições não se limitavam mais a números musicais cantados ao microfone.
Entre a estréia de um filme e outro, Carmen iniciou um contrato milionário com a gravadora Odeon e viajou para Buenos Aires. Em janeiro de 1936, Carmen atuou no Cassino Copacabana com enorme sucesso e estreou seu quarto filme ‘Alô Alô Carnaval’ junto com sua irmã Aurora.
No dia 1º de dezembro de 1936, Carmen estreou na rádio Tupi, que a tirou da Mayrink Veiga com um contrato milionário, e a tornou a cantora de rádio mais cara do Brasil.
Em 10 de fevereiro de 1939, Carmen estreou em seu sexto filme, ‘Banana da Terra’, e pela primeira vez usou o traje de baiana que imortalizaria a música de Dorival Caymi, O Que É Que A Baiana Tem?, incluída no filme.
No mesmo mês a campeã de patinação Sonja Henie e o produtor teatral Lee Shubert desembarcaram no Rio de Janeiro. Ambos foram ao Cassino da Urca assistir ao espetáculo de Carmen Miranda com seu traje de baiana, e se encantaram com ela. Sonja então lhe fez o convite para atuar na Broadway. O contrato inicial com Shubert era de oito semanas para um musical da Broadway, ‘Streets of Paris’, composto por diversos quadros de diversos países.
No dia 29 de maio, ela fez seu primeiro contato com o público americano e foi um sucesso. Carmen caiu no gosto do povo que simpatizou com seu sotaque e pronúncia errada da língua inglesa. Em pouco tempo, a ‘Pequena Notável’ estava nos principais jornais e revistas dos EUA.
Em 1940, a 20th Century Fox se aproximou de Carmen e a convidou para filmar o filme ‘Down Argentine Way (Serenata Tropical)’. O filme foi muito criticado no Brasil e proibido na Argentina por colocar o país em uma situação ridícula, mas para o público americano, foi um sucesso.
A Fox preparava um novo filme para Carmen: ‘That Night in Rio (Uma Noite no Rio)’. Estreou em 1941 e ficou famosa a cena em que Carmen canta Chica, Chica, Boom, Chic. No mesmo ano, chegou às telas o filme ‘Weekend in Havana (Aconteceu em Havana)’. E os sucessos foram se somando.
Em 1942, fez ‘Springtime in the Rockies (Minha Secretária Brasileira)’, onde canta a famosa música O Tique Tique Taque Do Meu Coração; Em 1943 filmou ‘The Gang´s All Here (Entre A Loura E A Morena)’. Em 1944, três novos filmes: Four Jills In A Jeep (Quatro Moças Num Jipe); Greenwich Village (Serenata Boêmia); e Something For The Boys (Alegria, Rapazes!).
Em 1945, logo que terminou a Segunda Guerra Mundial, estreou o filme ‘Doll Face (Sonhos De Estrela)’. No ano seguinte fez ‘If I´m Lucky (Se Eu Fosse Feliz)’. Este foi seu último filme para a 20th Century Fox.
Em 1947, trabalhou para a United Artists e estreou no filme ‘Copacabana’, cantando a famosa canção Tico-Tico No Fubá. Durante as filmagens, conheceu David Alfred Sebastian, com quem se casou no mesmo ano.
Em 1948, a Metro-Goldwyn-Mayer lançou ‘A Date With Judy (O Príncipe Encantado)’, onde atua ao lado de Elizabeth Taylor. Em 1950, Carmen estreou o filme ‘Nancy Goes To Rio (Romance Carioca)’, em que aparece com seu famoso turbante com sombrinhas de frevo estilizadas.
Em 1953, Carmen fez seu último filme, ‘Scared Stiff (Morrendo De Medo)’, em que contracenou com a dupla Dean Martin & Jerry Lewis e Dorothy Malone.
Fim de carreira e problemas de saúde:
A partir dos meados da década de 40, Carmen passou por uma maratona de shows em todos os EUA e vários países do mundo. Devido ao estresse e conflitos íntimos com o marido, passou por uma fase de depressão aguda e chegou a fazer vários tratamentos de choque elétrico.
Chegaram à conclusão que uma viagem ao Brasil poderia lhe fazer bem. A “Pequena Notável” voltou ao Rio de Janeiro depois de 14 anos. Ela permaneceu durante 49 dias longe do público e aos poucos foi melhorando. Passou a atender a convites para se apresentar, e o primeiro foi de Grande Otelo, seu parceiro no Cassino da Urca.
No dia 4 de abril, Carmen voltou aos EUA, onde vários compromissos já a esperavam. O primeiro deles foi a inauguração do famoso cassino em Las Vegas, New Frontier. Logo depois, viajou para Cuba, onde pegou uma forte bronquite.
Sem ter se recuperado totalmente, participou das gravações de um show para televisão com o cômico Jimmy Durante. No dia da gravação, em 5 de agosto de 1955, sentiu uma forte tontura e caiu de joelhos. À noite, ela havia marcado uma reunião em sua casa para comemorar o sucesso do programa. Por volta das duas da manhã, Carmen pediu licença aos convidados e subiu. Ela teve um ataque cardíaco e faleceu enquanto tirava a maquiagem. David a encontrou caída no banheiro.
A família decidiu realizar seu enterro no Brasil, e seu corpo foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, no dia 13 de agosto de 1955. Os pertences da “Pequena Notável” foram doados pelo marido e pela família ao Museu Carmen Miranda em 1956, porem, o museu só foi inaugurado no dia 5 de agosto de 1976, no Rio de Janeiro.

 FILMES BRASILEIROS 





A ESPOSA DO SOLTEIRO

(A MULHER DA MEIA-NOITE) (1925)

Produção: Paulo Benedetti

Direção e argumento: Carlo Campogalliani

Carmen Miranda, aos 16 anos, aparece como extra.

Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada.







DEGRAUS DA VIDA (1930) 


Produção: Agra Filme


Direção — Lourival Agra


Carmen Miranda assinou contrato para participar neste filme, porém

o mesmo não foi rodado.


Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada.



O CARNAVAL CANTADO NO RIO (1932) 

Produção: V.R. Castro Produtora

Produtor: Vital Ramos de Castro

Documentário de média-metragem — cenas reais do Carnaval no Rio.


Primeira aparição de Carmen Miranda no cinema como artista famosa.


Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada.






A VOZ DO CARNAVAL (1933) 

Produção: Cinédia

Direção — Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro

Produtor: Adhemar Gonzaga

Argumento: Joracy Camargo

Elenco:

Carmen Miranda, Gina Cavaliere, Lu Marival, Regina Maura, Elsa Moreno, Nana Figueiredo,Palitos, Lamartine Babo, Paulo Gonçalves, Apoio Corrêa, Henrique Chaves e Jararaca e Ratinho.


Carmen Miranda canta estes números ao microfone da Rádio Mayrink Veiga:"Moleque Indigesto" e "Good-Bye".


Este semidocumentário, inspirado numa história de Joraci Camargo e estreado habilmente às vésperas do Carnaval, mostrava os desfiles do corso e as batalhas de confete com os ranchos e os cordões, registrado com som direto nas ruas do Rio. Essas sequências documentais eram intercaladas com cenas filmadas em estúdio, mostrando o célebre comediante Palitos, no papel do rei Momo. Uma sequência tomada no estúdio da Rádio Mayrink Veiga mostrava Carmen Miranda, então em sua segunda aparição cinematográfica. (Fernão Ramos em "História do Cinema Brasileiro" - Art Editora Ltda., 1987)


Estreou no Cine Odeon (Rio) a 6 de março de 1933.


Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada.




ESTUDANTES (1935) 


Produção: Waldow-Cinédia

Direção: Wallace Downey

Produtores: Wallace Downey e Adhemar Gonzaga

Argumento: João de Barro e Alberto Ribeiro

Elenco:

Carmen Miranda, Aurora Miranda, Sylvinha Mello, Carmen Silva, Dulce Wheyting, Mesquitinha, César Ladeira, Barbosa Júnior, Almirante, Jorge Murad, Mário Reis, Afonso Osório, Elio Pereira, "Bando da Lua", "Irmãos Tapajoz", Benedicto Lacerda e seu Conjunto Regional e Orquestra de Simon Bountman.


Carmen Miranda cantou "E Bateu-se a Chapa" e"Sonho de Papel".



Carmen Miranda, em seu papel, o único aliás de seus filmes brasileiros, "é a pequena do rádio, toda "sex-appeal" Mimi, que se deixa enamorar pelos estudantes apaixonados pelos seus encantos e pelas canções que a "pequena formidável" interpreta com toda a sua brejeirice. Mesquitinha e Barbosa Júnior são os seus apaixonados... E carmen, que gosta do estudante Mário Reis, não quer desiludir os dois, proporcionando-lhes momentos de alegria e... comédia. As declarações de ambos são gozadissimas! Já vimos o filme e podemos dizer que o Cinema Brasileiro nunca apresentou outro tão engraçado... a nova produção de Wallace Downey está destinada a bater outro "record". (CINEARTE, 15-6-1935)


Estreou no Cine Alhambra (Rio) a 8 de julho de 1935.


Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada. 





ALÔ, ALÔ, BRASIL (1935)


Produção: Waldow-Cinédia

Direção: Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro

Produtores: Wallace Downey e Adhemar Gonzaga

Argumento: João de Barro e Alberto Ribeiro

Elenco:

Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Cordélia Ferreira, Elisa Coelho, César Ladeira, Francisco Alves, Barbosa Junior, Mário Reis, Jorge Murad, Custódio Mesquita, Almirante, Mesquitinha, Ary Barroso, Manoelino Teixeira, Arnaldo Pescuma, Manoel Monteiro, Afonso Stuart, "Bando da Lua", "Os 4 Diabos", Orquestra Simon Bountman.


Carmen Miranda cantou "Primavera no Rio", último número do filme, privilégio concedido, comumente, ao maior nome do elenco (ver foto).


Dentre os vários números musicais, destacavam-se a marcha Rasguei a Minha Fantasia (de Lamartine Babo), interpretada por Mário Reis, o sambaFoi Ela (de Ary Barroso), na voz de Francisco Alves, e, assunto sempre presente na maioria dos filmes musicais brasileiros, uma apologia do Rio de Janeiro na voz de Aurora Miranda, interpretando a marcha Cidade Maravilhosa (de André Filho). (Fernão Ramos em "História do Cinema Brasileiro - Art Editora Ltda., 1987")


Estreou no Cine Alhambra (Rio) a 4 de fevereiro de 1936.


Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada.


ALÔ, ALÔ, CARNAVAL (1936)

Produção: Waldow — Cinédia
Direção: Adhemar Gonzaga
Produtores: Wallace Downey e Adhemar Gonzaga
Argumento: João de Barro e Alberto Ribeiro
Elenco:
Carmen Miranda, Aurora Miranda, Heloisa Helena, Alzirinha Camargo, Dulce Wheyting, Dircinha Batista, Lelita Rosa, Francisco Alves, Mário Reis, Jayme, Luiz Barbosa, Pinto Filho, Oscario, Almirante, Muraro, Hervé Cordovil, Pery Ribas, Joel e Gaúcho, Irmãs "Bando da Lua", "Os 4 Diabos", Orquestra de Simon Bountman, Benedicto Lacerda e seu Conjuncto Regional.

Carmen Miranda canta "Querido Adão" e "Cantores de Rádio" (com Aurora).

Nesse filme, Carmen define a persona com a qual seu nome se identificaria para sempre no cinema, ou seja, a mulher de olhos vivos e espertos, jeito matreiro e ao mesmo tempo debochado e sensual, cantando com um sorriso nos lábios e com timbre expressivo, sempre consciente da importância do figurino, rebolando no solo Querido Adão. Quase obrigando a câmera a seguir seus movimentos, ao contrário dos esperados números musicais estáticos, Carmen cria uma expressão visual dinâmica para as letras dessa marcha e o filme ganha seus momentos altos na combinação da cantora com a ironia de frases como "Adão, meu querido Adão/ Todo mundo sabe que perdeste o juízo/ Por causa da serpente tentadora/ O nosso mestre te expulsou do paraíso...". Carmen Miranda era uma estrela consagrada e, por menores que fossem seus papéis nos filmes brasileiros (e, posteriormente, nos estrangeiros), teve presença marcante em todos eles. (Fernão Ramos em "História do Cinema Brasileiro" - Art Editora Ltda, 1987)

Estreou no Cine Alhambra (Rio) a 20 de janeiro de 1936.

Extra: "Alô Alô Carnaval" reestréia em 2002 em grande estilo no Rio em cópia restaurada (ver matéria do Jornal O Estado de S.Paulo)

Disponibilidade: A cópia restaurada que pertence à Cinédia está disponível apenas para exibição particular.





BANANA DA TERRA (1938)

Produção — Sonofilmes
Direção: João de Barro
Supervisão: Wallace Downey
Supervisão e Produção: Wallace Downey
Argumento: João de Barro e Mário Lago
Elenco:
Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Linda Batista, Emilinha Borba, Neyde Martins, Almirante, Oscarito, Orlando Silva, Aloysio de Oliveira, Jorge Murad, Carlos Galhardo, Lauro Borges, Castro Barbosa, Mário Silva, Paulo Netto, Alvarenga e Bentinho, "Bando da Lua", Orquestra Napoleão Tavares, Orquestra Romeu Silva e artistas do Cassino da Urca.

Carmen Miranda canta "Pirolito" (com Almirante) e "O Que É Que A Baiana Tem".

O argumento desenrolava-se em meio à sofisticação dos cassinos cariocas e do rádio, possibilitando assim a inserção de números musicais que também se tornaram clássicos, como, por exemplo, A Jardineira (de Benedicto Lacerda e Humberto Porto), na voz de Orlando Silva; Tirolesa(de Osvaldo Santiago e Paulo Barbosa), com Dircinha Batista; Sei Que É Covardia (de Claudionor Cruz e Ataulfo Alves), com Carlos Galhardo. (Fernão Ramos em "História do Cinema Brasileiro" - Art Editora Ltda., 1987)

Estreou no Cine Metro-Passeio (Rio) a 10 de fevereiro de 1939.

Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada. Apenas o número em que Carmen canta "O que é que a baiana tem?" sobreviveu.



LARANJA DA CHINA (1939)

Produção — Sonofilmes S/A
Direção, argumento e roteiro: Ruy Costa
Produtores: Wallace Downey e Alberto Byinton
Música: Ary Barroso, Benedito Lacerda, Dorival Caymmi, João de Barro, e outros
Elenco: César Ladeira, Benedito Lacerda, Dircinha Batista

Inclusão do mesmo número cantado por Carmen no filme anterior, "O Que É Que A Baiana Tem". Homenagem prestada à ela pela direção e produção do filme.
O samba "Cai, cai", de Roberto Martins e gravado por Joel e Gaúcho, fez parte da trilha sonora do filme. Mas só foi gravado por Carmen Miranda para o filme "Uma Noite no Rio" (That Night in Rio, 1941) dirigido por Irving Cummings.

Estreou no Cine São Luís (Rio), em janeiro de 1940.

Disponibilidade: Ao que se sabe, nenhuma cópia foi preservada.


 FILMES AMERICANOS 

SERENATA TROPICAL
("Down Argentine Way", 1940)

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Irving Cummings
Produtor: Darryl F. Zanuck
Elenco:
Betty Grable, Charlotte Greenwood, Don Ameche, Carmen Miranda, Bando da Lua e outros.

Canções de Carmen Miranda: "South AmericanWay""Mamãe Eu Quero""Bambu Bambu","Touradas Em Madrid". A história gira em torno de milionária (Betty Grable) que se apaixona por vendedor de cavalos (Don Ameche) e ambos se envolvem em problemas românticos.

A Fox estava um pouco incerta sobre sua nova aquisição sul-americana e não lhe deram os generosos tratamentos e números musicais que aconteceriam nos próximos filmes de Carmen Miranda. Não lhe deram falas em sua estréia no cinema americano, mesmo assim impressionou muito a todos com seu carisma característico em suas apresentações no filme como atração de nightclub, se apresentando como ela mesma.

Disponibilidade: VHS e DVD




UMA NOITE NO RIO
("That Night In Rio", 1941)

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Irving Cummings
Produtor: Fred Kohlmar
Elenco:
Don Ameche, Alice Faye, Carmen Miranda, Bando da Lua, Flores Brothers e outros

Canções de Carmen Miranda: "Chica Chica Boom Chic", "Cai Cai", "I, Yi, Yi, Yi, Yi, (I Like You Very Much)".

Refilmagem de "Folies Bergere" de 1935. Rico empresário, o Barão Manuel Duarte (Ameche) é substituído por seu sósia, artista de boate, o imitador Larry (também Ameche), que resolve seus problemas financeiros, o qual tem que convencer a Baronesa (Faye) de que é seu marido. Mas sua namorada (Carmen) não está disposta a colaborar.

Disponibilidade: VHS e DVD (USA)



ACONTECEU EM HAVANA
("Week-End In Havana", 1941)
Produção: Fox (colorido)
Diretor: Walter Lang
Produtor: William Le Baron
Elenco:
Alice Faye, John Payne, Cesar Romero, Carmen Miranda, Bando da Lua e outros

Canções de Carmen Miranda: "A Week End In Havana", "When I Love I Love", "Rebola, Bola", "The Nango".

Faye é vendedora de loja de Nova Iorque cujo sonho é viajar num cruzeiro marítimo. O navio encalha perto de Miami e o representante da companhia (Payne) a convence a aceitar ir para Cuba de outra forma e a acompanhá-la durante a estadia. Em Cuba um apostador (Romero) pensa que ela é milionária e passa a cortejá-la. Mas sua namorada ciumenta, Rosita Rivas (Carmen), acaba com seus planos.

Disponibilidade: VHS e DVD (USA)

MINHA SECRETÁRIA BRASILEIRA
("Springtime In The Rockies, 1942")

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Irving Cummings
Produtor: William Le Baron
Elenco:
Betty Grable, John Payne, Cesar Romero, Carmen Miranda, Charlotte Greenwood, Edward Everett Horton, Trudy Marshall, Jackie Gleason, Harry James e Orquestra, Bando da Lua e outros.

Canções de Carmen Miranda: "Chattanooga Choo Choo", "O Tique-Taque do Meu Coração".

Estrela da Broadway (Betty Grable) abandona parceiro de palco (John Payne), a quem ama, por achar que ele a está traindo com outra. Vai para as montanhas do Canadá e reencontra antigo parceiro de dança (Cesar Romero) e o usa para enciumar o noivo quando este a segue até lá. Miss Murphy, a namorada brasileira do pivô do ciúme (Carmen Miranda) começa a trabalhar como secretária para o noivo e o ajuda na tramóia para reconquistar seu amor.

Disponibilidade: VHS (USA)

ENTRE A LOURA E A MORENA
("The Gang’s All Here", 1943)

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Busby Berkeley
Produtor: William Le Baron
Elenco:
Alice Faye, Phil Baker, Charlotte Greenwood, Carmen Miranda, Sheila Ryan, Edward Everett Horton, Benny Goodman e Orquestra, Bando da Lua e outros

Canções de Carmen Miranda: "Aquarela do Brasil", "The Lady In The Tutti Frutti Hat’, "Paducah", "You Know You’re In New York" "A Journey To A Star" (com todo o elenco).

Um dos mais extravagantes filmes de Busby Berkeley, com efeitos dos cenários que se sobressaem totalmente à história de cantora de nightclub (Alice Faye) que está apaixonada por soldado (Phil Baker) cujos pais milionários financiam um show extraordinário em sua propriedade para a namorada e seus amigos (Carmen um deles, no papel de Dorita). O ponto alto do filme são mesmo os números musicais com Carmen Miranda, fervendo com "The Lady In The Tutti Frutti Hat" (ver foto). Na opinião do historiador cinematográfico David Thomson, o filme "contém na sequência de abertura uma das mais sensacionais e felizes viagens de câmera do cinema, culminando com sensuais e intermináveis bananas eréteis." Desnecessário dizer que tal sequência final foi banida pelas forças de censura da época.

Disponibilidade: DVD

QUATRO MOÇAS NUM JEEP
("Four Jills In A Jeep, 1944")

Produção: Fox (preto e branco)
Diretor: William A. Seiter
Produtor: Irving Starr
Elenco:
Kay Francis, Carole Landis, Martha Raye, Mitzi Mayfair, Dick Haymes, Betty Grable (como convidada), Alice Faye (como convidada), Carmen Miranda (como convidada), Jimmy Dorsey e Orquestra e outros.

Canção de Carmen Miranda: "I, Yi, Yi, Yi, Yi (I Like You Very Much)".

Filme destinado a distrair as massas durante a Segunda Guerra Mundial, que mostra as quatro protagonistas femininas interpretando na tela suas reais e perigosas experiências indo entreter soldados americanos na Europa. A própria Landis havia antes transformado a história em livro.

Disponibilidade: VHS (USA)

SERENATA BOÊMIA
("Greenwich Village", 1944)

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Walter Lang
Produtor: William Le Baron
Elenco:
Don Ameche, Vivian Blaine, William Bendix, Carmen Miranda, Emil Rameau e outros.

Canções de Carmen Miranda: "O Que é Que a Baiana Tem", "Give Me A Band And A Bandana", "Quando Eu Penso Na Bahia", "I’m Just Wild About Harry", "I Like To Be Loved By You".
Quem for capaz de aceitar Carmen Miranda como tipo "típico" dos anos 1920 então será capaz de engolir o resto deste generoso mas bobo musical. A maior parte da ação acontece numa Nova Iorque dominada pelo durão Danny O'Hara (William Bendix). Para dar diversão ao lugar aparecem o compositor Kennet Harvey (Don Ameche), a cantora sensação Bonnie Watson (Vivian Blaine) e a cartomante dançarina Princess Querida (Carmen Miranda). Com o talento de cada, inclusive do cara durão, eles sonham em juntos produzir um show da Broadway. A atração do filme fica por conta dos deliciosos números musicais. (Hal Erickson, "All Movie Guide")

Disponibilidade: VHS (USA)

ALEGRIA, RAPAZES!
("Something For The Boys", 1944)

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Lewis Seiler
Produtor: Irving Starr
Elenco:
Vivian Blaine, Michael O’Shea, Carmen Miranda, Cora Williams, Judy Hollyday, Perry Como, Bando da Lua e outros.

Canções de Carmen Miranda: "Batuca Nêgo", "Samba Boogie", "Wouldn’t It Be Nice?" (trecho).

Musical de Cole Porter da Broadway levado às telas com o mesmo nome, incluindo três canções de outros compositores. A história é a de uma plantação arruinada sendo transformada em lar para esposas dos soldados na guerra. Três primos são seus proprietários (Michael O'Shea, Vivian Blaine e, do lado sul-americano da família, Carmen Miranda no papel de Chiquita Hart). Quando o dinheiro acaba, eles planejam um show para recuperá-lo. A produção do show, claro, parecerá cara demais mas como Carmen Miranda está no filme quem sabe não compensará? Carmen Miranda ajuda a entreter o grupo e a se envolver na guerra, servindo até de "instrumento" de espionagem. Divertidíssima a cena em que os soldados usam a obturação em seu dente para ouvir as manobras do inimigo (ver foto). (Hal Erickson, "All Movie Guide")

Disponibilidade: VHS (USA)

SONHOS DE ESTRELA
("Doll Face", 1945)

Produção: Fox (preto e branco)
Diretor: Lewis Seiler
Produtor: Bryan Foy
Elenco:
Vivian Blaine, Martha Stewart, Perry Como, Carmen Miranda, Dennis O’keefe, Michael Dunne e outros.

Canção de Carmen Miranda: "True to the Navy" (deletada do filme), "Chico-Chico (from Porto Rico)".

Vivian Blaine faz o papel de Doll Face Carrol, artista que sonha estar num show da Broadway. Rejeitada, ela e seu empresário Mike (O'Keefe) decidem que se ela publicar um livro de memórias ele lhe trará respeito e fama e a Broadway implorará para ela ser a estrela de um de seus shows. A confusão começa quando Mike contrata um escritor para "criar" a história no livro. Carmen Miranda (como Chita) e Perry Como aparecem para garantir o lado musical do filme. A cena em que Carmen aparece com turbante em forma de farol e os elementos do Bando da Lua vestidos de marinheiro foi retirada do filme a pedido da Marinha americana (ver foto).

Disponibilidade: VHS e DVD (USA)

THE ALL-STAR BOND RALLY
("The All-Star Bond Rally", 1945)

Produção: Office of War Information
Elenco:
Jeanne Crain, Bing Crosby, Betty Grable, Carmen Miranda, Linda Darnell, Bob Hope, Glenn Langan, Frank Latimore, Fay Marlowe, Harpo Marx, Fibber McGee and Molly, Frank Sinatra

Cinco pequenos blocos, com filmagens de apresentações de vários artistas, especialmente produzidos pelo governo americano para entreter as tropas durante a Segunda Guerra Mundial na Europa. Carmen Miranda se encontrava no auge de sua carreira, como artista feminina mais bem paga do showbiz.

Disponibilidade: Não disponível em VHS ou DVD.
SE EU FOSSE FELIZ
("If I’m Lucky", 1946)

Produção: Fox (colorido)
Diretor: Lewis Seiler
Produtor: Bryan Foy
Elenco:
Vivian Blaine, Perry Como, Carmen Miranda, Edgar Buchana, Harry James e Orquestra e outros.

Canções de Carmen Miranda: "Batucada", "Follow The Band", "Bet Your Bottom Dollar".

A banda de Harry James se vê falida e desempregada. Contra sua vontade, Perry Como é jogado nos braços da política para ser candidato a governador e salvá-la. A campanha política é entremeada por números musicais de seus amigos. Boas canções de Harry James e a coragem e o talento de Carmen Miranda (uma brasileira com toda sua latinidade estranhamente escalada no filme para interpretar a jovem irlandesa Michelle O'Toole) salvam o musical. Refilmagem de "Thanks a Million" de 1937.

Disponibilidade: VHS (USA)

COPACABANA
("Copacabana", 1947)

Produção: United Artists (preto e branco)
Diretor: Alfred E. Green
Produtor: Sam Coslow
Elenco:
Groucho Marx, Carmen Miranda, Andy Russel, Gloria Jean, Steve Cochran, Merle McHugh e outros.

Canções de Carmen Miranda: "Tico Tico""How To Make A Hit With Fifi""Let’s Go To Copacabana""Je Vous Aime""I Haven’t A Thing To Sell" (com Andy Russel).

Groucho é o empresário de apenas uma cantora (Carmen Miranda). No nightclub Copacabana ele a obriga a se apresentar com dois nomes diferentes - sua noiva, a brasileira Carmen Novarro, e a "fictícia" francesa Mademoiselle Fifi, escondida sob um véu. Difícil será manter a farsa muito tempo.

Disponibilidade: VHS e DVD

O PRÍNCIPE ENCANTADO
("A Date With Judy", 1948)

Produção: Metro (colorido)
Diretor: Richard Thorpe
Produtor: Joe Pasternack
Elenco:
Jane Powell, Elizabeth Taylor, Selena Royle, Wallace Beery, Robert Stack, Carmen Miranda, Xavier Cugat e Orquestra e outros.

Canções de Carmen Miranda: "Cuanto Le Gusta","Cooking With Glass", "It’s A Most Unusual Day" (com o elenco).

Baseado num programa popular de rádio, este musical segue as aventuras da jovem Judy Foster. Para Judy ir à grande festa da escola é sua única preocupação, assim como atrapalhar a vida amorosa dos membros de sua família. Mas tudo, claro, com as melhores das intenções.
O filme é dominado por adolescentes (Elizabeth Taylor aos 16 anos), mas é Carmen Miranda, no papel de Rosita Cochellas, quem faz o grande impacto nesta pequena mas brilhante e divertida produção. (Clive Hirschhorn, The Hollywood Musical)

Disponibilidade: DVD


ROMANCE CARIOCA
("Nancy Goes To Rio", 1950)

Produção: Metro (colorido)
Diretor: Robert Z. Leonard
Produtor: Joe Pasternack
Elenco:
Jane Powell, Ann Sothern, Barry Sullivan, Carmen Miranda, Louis Calhem, Nella Walker, Bando da Lua e outros.

Canções de Carmen Miranda: "Yipsee-I-O","Baião".

A trama central gira em torno de jovem americana (Jane Powell) que vai trabalhar no Rio e sua mãe (Ann Southern) querendo atrapalhar os planos de um mulherengo o qual ela acredita estar de olho em sua filha. Carmen Miranda (no papel de Marina Rodrigues) garante cenas maravilhosas, como o número em que aparece com turbante de pequenos guarda-chuvas (ver foto).

Disponibilidade: DVD

MORRENDO DE MEDO
("Scared Stiff", 1953)

Produção: Paramount (preto e branco)
Diretor: George Marshall
Produtor: Hal Wallis
Elenco:
Lizabeth Scott, Dean Martin, Jerry Lewis, Dorothy Malone, Carmen Miranda e outros

Canções de Carmen Miranda: "San Domingo", "The Bongo Bingo", "The Enchilada Man".
Divertida comédia, refilmagem de "Ghost Breakers" (1940) com Bob Hope. Martin e Lewis são artistas de boate que para escapar de bandidos vão parar numa ilha onde ajudam a herdeira de um castelo a adquirí-lo, antes têm que se livrar de seus fantasmas, arranjados por outros bandidos. Lewis está abominável imitando Carmen Miranda, que faz o papel de Carmelita Castinha.

Disponibilidade: VHS (USA)


    DOCUMENTÁRIOS    


CARMEN MIRANDA
Produção: Brasil, 1969
Direção: Jorge Ileli
Série Brasilianas - Volume 13
Mídia tipo: VHS

A morte de Carmen Miranda, em 1955 emocionou todo o Brasil. Carmen foi a primeira atriz de formação brasileira a se projetar no cinema internacional. Cenas de sua vida e seus filmes, mostrando seus números musicais de maior sucesso. Cesar Ladeira, em seu depoimento, comenta o que foi a atuação de Carmen na vida artística da época.







HOORAY FOR HOLLYWOOD
("Um Viva para Hollywood", 1976)
Produção: Cinamco, Inc.
(colorido e preto/branco)
Mídia tipo: DVD (USA)

Um tributo à glória e magia de Hollywood. Os dias gloriosos dos filmes voltam à vida neste documentário o qual nos dá exemplos surpreendentes da era de ouro de Hollywood nos anos 1930. Todo os tipos de filmes produzidos pelos estúdios estão aqui representados junto a muitos dos maiores astros e diretores de números musicais de tirar o fôlego. Incríveis números de Busby Berkeley apresentando Carmen Miranda, dançarinos, penas, formações caleidoscópicas e lindas mulheres. O filme é magistralmente narrado por Mickey Rooney.






MILTON BERLE - THE FUNNY FIFTIES
("Milton Berle - Os Cômicos Anos 50", 1989)

Produção: (preto e branco)
Apresentação: Milton Berle
Mídia tipo: VHS (USA)

Fita clássica que reúne shows antigos da televisão americana dos anos 1950 apresentados no programa de Milton Berle "Mr. Television's", levado ao ar ao vivo às terças à noite. Apresentações de Carmen Miranda, Elvis Presley, Frank Sinatra, Ronald Reagan, Nat "King" Cole, Bob Hope, Red Skelton, Jack Benny além de outros. Inclue as primeiras aparições televisivas da dupla Dean Martin/Jerry Lewis.





IT'S ALL TRUE
("Tudo é Verdade", 1993)

Produção: Paramount Pictures/Les Films Balenciaga (preto e branco)
Diretor: Richard Wilson, Myron Meisel, Bill Krohn
Elenco: Orson Welles, Miguel Ferrer
Mídia tipo: VHS e DVD

Compilação de cenas "perdidas" rodadas por Orson Welles no Brasil em 1942, como parte de uma série incompleta de documentários sobre a ordem socio-política da América do Sul.

Carmen Miranda aparece no final do filme apenas com sua voz, em dueto com Orson Welles durante gravação de seu programa de rádio.




BANANAS IS MY BUSINESS
("Bananas Is My Business", 1994)

Produção: Helena Solberg e David Meyer (colorido e preto/branco)
Diretor: Helena Solberg
Elenco: Cynthia Adler, Eric Barreto, Leticia Monte
Mídia tipo: VHS e DVD

O documentário mostra a saga íntima de Carmen Miranda, de sua infância ao estrondoso sucesso no show-biz internacional. Usa cenas reais, com suas entrevistas, participações em filmes, shows e televisão, além de depoimentos de seus contemporâneos e atores a representando.



THAT'S ENTERTAINMENT - VOL. 3
("Isto é Entretenimento", 1994)

Produção: Warner Home Video (colorido e preto/branco)
Direção: Michael J. Sheridan, Bud Friedgen
Mídia tipo: VHS e DVD (USA)

Alguns dos mais impressionantes números da era dourada dos musicais da Metro Goldwyn Mayer estão contidos neste vídeo - o terceiro filme da série "That's Entertainment". Não há dúvida de que o estúdio raspou o fundo do barril para juntar material para esta produção, depois de ter produzido dois filmes usando a mesma fórmula. O fato é que pode-se dizer que esta compilação em particular seria mesmo atraente para o público geral dos dias de hoje, pois contém uma riqueza de material nunca tão amplamente visto. E praticamente nada dele seria produzido hoje em dia, pois as complicadas cenas de dança seriam simplesmente caras demais para serem filmadas na era moderna. Um exemplo disso é a enorme produção consumida para o número da grande dançarina Eleanor Powell visto em duas telas, de tal forma que o espectador assistindo o vídeo pode ver não apenas o que as platéias nos cinemas viram, mas também o que era o palco sonoro, onde um pequeno exército de mãos atuava com ilusão artística removendo porções gigantescas do palco enquanto Powell dançava sobre ele. Cenas interessantes apresentando Judy Garland e Lena Horne são também destaques. Antigas estrelas dos musicais da Metro, como Gene Kelly e Esther Williams entre outros, apresentam os números (e dão informações sobre as filmagens). O título não mente: é tudo entretenimento.
(comentários de Robert J. McNamara)



AMERICA ENTERTAINS THE TROOPS
("América Entretem As Tropas")

Produção: Oficial do Governo Americano (colorido/P&B)
Elenco: Bob Hope, Bing Crosby, Lena Horne, Carmen Miranda, The Andrew Sisters, Jimmy Durante, Marlene Dietrich e outros
Mídia tipo: VHS (USA)

Coletânea de apresentações de mais de 24 artistas e celebridades produzidas para entreter as tropas americanas na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.



OS PRIMEIROS 50 ANOS DA 20TH CENTURY FOX
(Twentieth Century Fox, 1997)

Colorido e preto/branco
Mídia tipo: VHS e DVD

Nenhum grande estúdio de cinema ousou tanto como a 20th Century Fox. Brigando de igual para igual com gigantes como a MGM, Paramount, Columbia e Universal, a Fox foi criada através da determinação da mente criativa de Darryl Zanuck, considerado um dos grandes produtores da Era de Ouro de Hollywood. Ele foi o responsável pelo surgimento de mitos da tela como Shirley Temple, Henry Fonda, Tyrone Power, John Ford, Bette Davis, James Stuart, Gregory Peck, Clark Gable e Marilyn Monroe. Durante seus primeiros 50 anos de vida, a Fox consolidou a imagem de ser um estúdio responsável por grandes obras cinematográficas como Vinhas da Ira, A Marca do Zorro, O Dia em que a Terra Parou, Cleópatra, A Malvada, Como Era Verde Meu Vale e A Noviça Rebelde.

Curiosamente, o documentário começa mostrando o primeiro filme em que Carmen apareceu no cinema americano, Down Argentine Way (Serenata Tropical, 1940), além depois de falar sobre ela, seus filmes e sua importância para o estúdio, e termina nos créditos com uma foto de Carmen onde ela se informa com um técnico como a câmera funciona, no intervalo das filmagens de "Uma Noite no Rio" (1941) (ver foto).



HIDDEN HOLLYWOOD, VOL. 1
("Tesouros Escondidos da 20th Century Fox", 1997)

Colorido e preto/branco
Mídia tipo: VHS e DVD (USA)


Compilação de segmentos deletados de filmes produzidos pela 20th Century Fox por motivos de duração ou conteúdo. Os resultados não são uniformes, mas são fascinantes.
(comentários de Robert Horton)



HIDDEN HOLLYWOOD, VOL. 2
("Mais Tesouros Escondidos da 20th Century Fox", 1997)

Colorido e preto/branco
Mídia tipo: VHS e DVD (USA)

A comédia é tudo nesta segunda coleção saída do baú do tesouro dos estúdios da Fox. Alguns antigos membros do vaudeville foram pegos em cenas raras, como as de bastidores onde Buster Keaton instrui Alice Faye a maneira correta de levar uma torta de creme na cara. W.C. Fields é o destaque em sequência legendária do filmeTales of Manhattan (Contos de Manhattan), excluído das cópias exibidas mas restaurado aqui de forma a estar similar ao original (em cortes alternados que revelam a genialidade de Fields para a improvisação). Danny Kaye irradia seu brilho em On the Riviera, parodiando um cantor desafinado que se esforça para cantar "Begin the Beguine". Os números musicais costumam ser razoáveis, com notável exceção para os Nicholas Brothers se acabando numa dança atlética em um harem. Os fanáticos por patins irão adorar as cenas de Sonja Henie, cuja popularidade antes não muito revelada se coloca a testes. O "mico" de Victor Mature atuando como cantor é piedosamente (e divertidamente) rápido.
(comentários de Robert Horton)



HISPANIC HOLLYWOOD
("Hollywood Hispânica", 1999)

Produção: Passport International
Colorido e preto/branco
Mídia tipo: DVD (USA)

Este especial celebra as lutas e a herança da tela prateada dos artistas hispânicos desde o antigo "Amante Latino", exemplificado por Rodolfo Valentino, até as atuais celebridades como Sonia Braga, Antonio Banderas e Jimmy Smits. Traz cenas de famosos e importantes filmes e entrevistas e também inclui o extra "Fiesta", uma olhada numa verdadeira fiesta mexicana de 1942 onde atuam algumas das maiores estrelas dos filmes mexicanos. Hispanic Hollywood reconta a saga do estereótipo e marginalização que passaram os artistas hispânicos através das décadas. Estrelas veteranas como Rita Hayworth, Dolores Del Rio, Ramon Novarro, Carmen Miranda, Lupe Velez, Antonio Moreno, Cesar Romero, Jose Ferrer, Katy Jurado, Maria Montez and Anthony Quinn são imortalizados em cenas de filmes clássicos. O galanteio dos filmes mudos da década de 20, o glamur e embalo dos musicais dos anos 40 e a aventura e drama das décadas de 80 e 90 fazem parte deste documentário histórico.



BIOGRAPHY CARMEN MIRANDA
("Biografia - Carmen Miranda", 2000)

Produção: A&E Television (colorido e preto/branco)
Mídia tipo: VHS e DVD (USA)

Com uma chacoalhada de suas cadeiras, um flash de seu sorriso e uma canção latina contagiante, "a dama do chapéu cheio de frutas" cativou platéias ao redor do mundo. Adorada pelos homens, as mulheres queriam fazer melhor que ela. E os caça-talentos e oficiais do governo prestaram muita atenção à ela e seu charme estrangeiro. Carmen Miranda veio da extrema pobreza no Brasil para se tornar a mulher mais bem paga de toda a América, recebendo mais de 200 mil dólares anuais da Twentieth Century Fox em 1945. Este documentário explora a vida de Carmen Miranda de tornar-se uma das mais exuberantes e sensuais cantoras até seus papéis como estrela em musicais de Hollywood como "Uma Noite no Rio","Minha Secretária Brasileira""Entre a Loura e a Morena". Uma infinidade de clips capturam o charme contagiante de Carmen Miranda, enquanto entrevistas com seus amigos revelam a depressão e a exaustão que podem ter colaborado para sua morte repentina aos 46 anos. E antes nunca vistas sequências filmadas no Brasil, fotos raras, filmes caseiros e objetos criados por ela mesmo trazem à luz a mulher que havia sob o chapéu. O documentário apresenta o conto da verdade de uma mulher original, que superou barreiras culturais para assegurar seu lugar como uma das artistas mais amadas de Hollywood.



HOLLYWOOD MUSICALS OF THE 40's
("Musicais Hollywoodianos dos Anos 40", 2001)
Produção: Koch Entertainment D
(colorido e preto/branco)
Mídia tipo: DVD (USA)

Nos anos 40, a América acabava de emergir da Grande Depressão. A guerra abraçou metade do mundo e o futuro parecia incerto. Os musicais hollywoodianos tinham a receita para tornar as coisas melhores. Graças aos musicais produzidos em Hollywood, ainda se acreditava que sonhos sem dúvida podem se tornar realidade. O glamur se espalhava pela tela. Em cores vibrantes, ou mesmo em preto e branco, a tela brilhava. Junto a Judy Garland, Mickey Rooney, Jeanette MacDonald, Fred Astaire, Alice Faye, Gene Kelly, Betty Grable, John Payne, Ann Miller, George Murphy, Margaret O'Brien, Bing Crosby, Doris Day, Danny Kaye, Carmen Miranda, Frank Sinatra, Martha Raye, Jimmy Durante, Lena Horne, Tony Martin, e recebidos por tantos outros, podemos nos alegrar com os grande musicais dos anos 40, quando Hollywood dava seus melhores passos - os passos de dança. Da música nostálgica à mais contemporânea, os musicais hollywoodianos tinham de tudo nos anos 40.



THE BRONZE SCREEN
("A Tela Bronze", 2003)
Direção: Susan Racho / Alberto Domínguez
(colorido e preto/branco)
Mídia tipo: DVD (USA)

"The Bronze Screen" homenageia o passado, ilumina o presente e abre uma janela para o futuro dos Latinos na indústria cinematográfica. Dos filmes mudos às produções sobre gangsteres urbanos, estereótipos do adolescente rebelde, do Mexicano preguiçoso, do amante latino são examinados. Raras e abundantes cenas que traçam o desenrolar desta imagem distorcida levada às telas até o incremento da importância dos atores, escritores e diretores latinos da atualidade. Apresenta destaques a Anthony Quinn, Rita Hayworth, Rita Moreno, Raquel Welch, Benicio Del Toro, Antonio Banderas, Desi Arnaz, Salma Hayek, John Leguizamo, Jennifer Lopez, Jimmy Smits, Raul Julia, Cesar Romero, Carmen Miranda, Dolores del Rio, Lupez Velez, Ricardo Moltalban, Jose Ferrer, Cheech Marin e muitos outros.


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